MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O Ibovespa ampliou ganhos acompanhando o tom mais positivo das bolsas norte-americanas em meio a expectativas de evolução nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos, que foram retomadas hoje. Nesse contexto, ações ligadas a commodities aceleraram a alta, caso da Vale e de siderúrgicas. No entanto, não está descartado que o índice volte a ter volatilidade dependendo do noticiário em torno da guerra comercial.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,84% aos 102.103,58 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 6,9 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2019 apresentava avanço de 0,77% aos 102.180 pontos.

“As últimas notícias e comentários mostraram um ambiente mais favorável para as negociações comerciais, está prevalecendo o tom mais otimista. Não sabemos se sairá um acordo, mas podem sair algumas coisas pontuais”, disse o analista da Necton Corretora, Glauco Legat. Há pouco, o presidente norte-americano, Donald Trump, comentou no Twitter que irá encontrar o vice-premie chinês, Liu He, amanhã na Casa Branca.

Após algumas notícias conflitantes sobre as negociações, também prevaleceram informações mais positivas, como a de que Washington estaria considerando um “pacto cambial” com Pequim, além disso, a Casa Branca emitiu licenças especiais a algumas empresas dos Estados Unidos para continuarem a fazer negócios com a chinesa Huawei Technologies.

Na expectativa de um acordo, mesmo que parcial, as ações de commodities e exportadoras, como Vale, Usiminas, CSN, Gerdau Metalúrgica e Suzano se destacam hoje e estão entre as maiores altas do Ibovespa. A maior valorização, no entanto, é dos papéis da Yduqs, que divulgou dados positivos de captação.

O dólar comercial oscila sem rumo único, após ensaiar queda frente ao real, atento às notícias a respeito do encontro do encontro entre Estados Unidos e China hoje e amanhã reagindo a uma mensagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmando que encontrará o vice premiê chinês, Liu He, amanhã.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,19%, sendo negociado a R$ 4,1120 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento pata novembro de 2019 apresentava avanço de 0,04%, cotado a R$ 4,117.

Em seu perfil no Twitter, Trump confirmou que participará da rodada de negociações amanhã na Casa Branca. “A China quer fazer acordo, mas eu quero?”, indagou o presidente norte-americano na mensagem. “O dólar apagou a alta animado com essa notícia”, comenta o diretor de uma corretora estrangeira.

“Geralmente, ele não participa dessas reuniões. Isso traz um ânimo extra para o investidor. Hoje, o mercado será regido pelo principal driver do dia, a guerra comercial. Qualquer notícia tende a mexer com a moeda mesmo”, diz o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti.

O economista da Guide reforça que, ao longo da semana, saíram “muitas notícias” controversas em relação ao encontro entre os países, uma delas é de que a delegação chinesa voltaria para o país antes do previsto, o que resultaria em um dia de reunião e não dois. Porém, a mensagem de Trump tira essa dúvida do mercado, diz.

“De qualquer forma, a tendência é de um dólar de lado hoje, como foi ao longo da manhã. Primeiro, passou de queda na abertura para alta reagindo aos dados de vendas no varejo aqui no Brasil que vieram abaixo do esperado. É mais um indicador mostrando que a nossa economia está estagnada. Depois, passou a oscilar com o mercado acompanhando passo a passo do encontro, mas sem saber que desfecho essa reunião terá”, reitera.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) seguem em queda, apesar do vaivém do dólar, com os investidores reagindo aos dados fracos sobre atividade e inflação no Brasil. Ainda assim, a curva a termo monitora o noticiário sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. 

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 4,946%, de 4,954% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2021 estava em 4,64%, de 4,71%; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,76%, de 5,83% após o ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,46%, de 6,48%, na mesma comparação.