MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O Ibovespa voltou a acelerar alta após declarações otimistas do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre as negociações comerciais com a China, o que fez as bolsas dos Estados Unidos passarem a subir mais de 1%.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 2,02% aos 103.874,40 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 8,2 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2019 apresentava avanço de 1,57% aos 103925 pontos.

“Trump voltou a elogiar a China e está todo mundo torcendo por algum acordo. Se sair alguma coisa das negociações, o mundo volta a dar uma respirada”, disse o economista-chefe da Codepe Corretora, José Costa, que vê espaço para bolsas subirem mais mesmo com investidores já precificando algum avanço nas conversas entre os dois países.

Há pouco, Trump disse que “coisas boas estão acontecendo na reunião de negociações comerciais com a China”. “Sentimentos mais quentes do que no passado recente, mais parecidos com os velhos tempos. Vou me encontrar com o vice-premiê hoje. Todos gostariam de ver algo significativo acontecer!”, afirmou ainda, no Twitter.

A expectativa de avanços nas negociações ainda estimula os preços de commodities, o que reflete em ações como as da Vale e da Suzano, que está entre as maiores altas do Ibovespa. Ainda entre as maiores altas estão as ações da Braskem e da B2W.

Ontem, a 7a Vara do Trabalho de Maceió negou os pedidos liminares do Ministério Público do Trabalho de Alagoas (MPT-AL) para bloquear R$ 2,5 bilhões da Braskem por conta do fenômeno geológico ocorrido em Maceió. Já a B2W teve sua recomendação elevada pelo Itaú BBA.

Após fortes oscilações sem rumo único, o dólar comercial opera em queda frente ao real dividido entre as incertezas e o otimismo do mercado externo à espera do desfecho do encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-premiê chinês, Liu He, hoje na Casa Branca.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,84%, sendo negociado a R$ 4,0900 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em novembro de 2019 apresentava recuo de 0,51%, cotado a R$ 4,095.

“Coisas boas estão acontecendo na reunião de negociações comerciais com a China. Sentimentos mais quentes do que no passado recente, mais parecidos com os velhos tempos. Vou me encontrar com o vice-premiê hoje. Todos gostariam de ver algo significativo acontecer!”, escreveu o presidente norte-americano em seu perfil no Twitter.

“Houve uma melhora após o tweet do Trump com o [dólar] à vista e o futuro caindo em linha com as demais moedas de países emergentes que sobem em otimismo com a guerra comercial”, comenta o diretor da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.

Segundo o operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, a expectativa se escora em um acordo, mesmo que parcial, que poderia “ao menos” retardar uma eventual elevação de tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses a princípio agendada para 15 de outubro. 

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) ampliaram o ritmo de queda, acompanhando a melhora do apetite por risco nos mercados globais, após comentários otimistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as negociações comerciais com a China. A perspectiva de uma Selic cada vez mais baixa em 2019 também agitam os negócios.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 4,930%, de 4,948% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2021 estava em 4,61%, de 4,65%; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,60%, de 5,75% após o ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,29%, de 6,44% na mesma comparação.