MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O Ibovespa opera entre leves altas e quedas com dificuldade de definir um rumo de olho na abertura do mercado norte-americano e no noticiário em torno das negociações comerciais entre China e Estados Unidos. Entre as ações, as de bancos e as da Petrobras caem, mas, por outro lado, os papéis da Vale e de siderúrgicas sobem impulsionados pela alta dos preços do minério de ferro.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,38% aos 108.275,29 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 6,7 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2019 apresentava recuo de 0,32% aos 108.595 pontos.

“Vamos ver a abertura do mercado norte-americano para ver se firma algum movimento, mas não há muitas notícias. A Vale e siderúrgicas estão para cima com o minério, mas a Petrobras está pesando depois que o petróleo virou e bancos estão realizando lucros”, disse o gerente da mesa de operações da H.Commcor, Ari Santos.

As ações da Vale avançam em dia de alta de preços do minério de ferro, assim como as ações de siderúrgicas, com destaque para as da CSN, que está entre as maiores altas do Ibovespa. Ainda entre as maiores altas estão as ações de frigoríficos, como da JBS, e da CVC, que aprovou um programa de recompra de ações.

Já as ações da Petrobras têm leve queda e as de bancos recuam mais, caso do Itaú Unibanco. Já as maiores perdas do índice são da Ultrapar, BB Seguridade e IRB Brasil.

No exterior, as bolsas norte-americanas acabaram de abrir em leve alta refletindo a notícia de que a China elevou penas para violações de propriedade intelectual, um dos pontos que travava as negociações comerciais com os Estados Unidos. Com isso, há esperanças de que um acordo possa ser assinado ainda este ano, embora, nas últimas semanas, tenham ocorrido sinalizações ambíguas sobre avanços nas conversas.

O bitcoin caiu abaixo de US$ 7 mil no fim de semana, atingindo seu ponto mais baixo em seis meses, quando a China reafirmou sua posição mais rigorosa com as empresas envolvidas no comércio de criptomoedas e captação de recursos. As informações são da agência de notícias “Dow Jones”.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,54%, sendo negociado a R$ 4,2170 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em dezembro de 2019 apresentava avanço de 0,41%, cotado a R$ 4,216.

O novo momento acabou com os ganhos no mês passado – quando o bitcoin alcançou brevemente US$ 10 mil – que se seguiu à declaração do presidente chinês, Xi Jinping, de que o país deveria acelerar a pesquisa sobre blockchain, o sistema de contabilidade aberta por trás das criptomoedas. O bitcoin foi negociado recentemente a US$ 6,6 mil, de acordo com o site de pesquisa CoinDesk.

Embora o banco central da China esteja desenvolvendo sua própria moeda digital, o governo continua uma repressão iniciada em 2017, quando impôs uma ampla proibição de trocas locais e captação de recursos para divisas digitais.

Na sexta-feira, a sede do Banco Popular da China em Xangai e um braço do governo local se comprometeram a continuar com foco voltado para as bolsas de valores e alertaram os investidores a não confundirem a tecnologia blockchain com moedas virtuais.

As duas autoridades fecharam 13 plataformas de oferta inicial de moedas e dez de trocas de criptomoedas desde o final de 2017. Em uma declaração conjunta sexta-feira, elas disseram que notaram que as especulações em criptomoedas aumentaram novamente durante a recente promoção da tecnologia blockchain.

Segundo as autoridades, as empresas que comercializam trocas de criptomoedas registradas fora da China para investidores do continente, ou que apresentem clientes chineses a essas plataformas de negociação serão fechadas.

Nos últimos anos, especulações sobre criptomoedas representam riscos para os investidores, disse o comunicado, acrescentando que as atividades incluem captação de recursos ilegais e fraude, o que pode prejudicar gravemente os mercados financeiros.

A queda das taxas dos contratos futuros de juros (DIs) ensaiada logo na abertura do pregão perdeu força, em meio ao fortalecimento do dólar, na esteira de dados ruins das contas externas do país. Com isso, a curva a termo local exibe leves oscilações, sem um viés definido.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 4,68%, de 4,689% no ajuste anterior, na última sexta-feira; o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 4,64%, nivelado ao ajuste ao final da semana passada; o DI para janeiro de 2023 estava em 5,88%, de 5,87% do ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,49%, de 6,44%, na mesma comparação.