MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa amplificou os ganhos na sessão de hoje e zerou, no início da tarde, as perdas acumuladas em 2020. O principal índice do mercado brasileiro de ações acompanha o aumento do apetite por risco no exterior

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,28%, aos 116.084,58 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 13,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2020 apresentava alta de 1,58%, aos 116.115 pontos.

“Seguimos com expectativa positiva para o Ibovespa para esta semana”, afirmou mais cedo Pedro Galdi analista da Mirae Asset. O Ibovespa chegou ao fim de 2019 aos 115.645,34 pontos e aproximou-se dos 120 mil ainda em janeiro, antes de ser duramente abalado pela pandemia do novo coronavírus.

Depois de patinar ao longo de 2020, o índice antecipou o rali de fim de ano em novembro e tem orbitado o nível no qual começou o ano, mas vem encontrando resistência para ir muito além em meio aos persistentes riscos locais e também aos riscos associados à pandemia.

O dólar comercial tem queda firme frente ao real e opera ao redor de R$ 5,10 influenciado pelo exterior onde a divisa norte-americana perde terreno para as moedas pares e de países emergentes em meio aos números de atividade mais positivos na China. Aqui, investidores digerem a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada mais cedo, e os sinais deixados pela autoridade monetária sobre a condução da taxa de juros no ano que vem.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,35%, sendo negociado a R$ 5,1070 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em janeiro de 2021 apresentava recuo de 0,23%, cotado a R$ 5,107.

Para o diretor de câmbio de uma corretora nacional, o bom desempenho das moedas emergentes e ligadas às commodities refletem os números melhores do que o esperado na produção industrial da China. No mês passado, a atividade industrial do país asiático subiu 7,0% em base anual, sendo o maior avanço do ano. Já nos Estados Unidos, a produção industrial subiu 0,4% na comparação com outubro, ante expectativa de +0,2%.

Destaque na agenda doméstica, o Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do Copom, na semana passada. Para o estrategista-chefe da Levante, Rafael Bevilacqua, a ata mostra “claramente” que o BC “não está muito otimista” com a recuperação da economia em 2021, o que pode indicar que os juros ainda vão demorar mais do que o esperado para voltar a subir.

“Apesar da elevação da inflação e da perspectiva de o Banco Central abandonar o ‘forward guidance’, não se espera um aumento dos juros no curto ou mesmo no médio prazo. A última ata do ano foi muito mais “dovish” do que o esperado e a perspectiva de juros baixos no Brasil animam investidores”, avalia o profissional da Levante.

A divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) trazendo dúvidas sobre a recuperação da economia com a segunda onda do novo coronavírus e a queda do dólar tem feito com as que taxas dos contratos futuros de juros operem quem queda na sessão de hoje.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 2,935%, de 3,030% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,275%, de 4,37%; o DI para janeiro de 2025 estava em 5,86%, de 5,95%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 6,72%, de 6,82%, na mesma comparação.