São Paulo – O Ibovespa apagou a queda que vinha sendo observada desde o início da sessão e agora oscila perto da estabilidade beneficiada pelo bom desempenho do setor financeiro e também pelas ações da Vale. Entretanto, o recuo acentuado nos papéis da Petrobras inibe um melhor desempenho do índice nesta sexta-feira.
Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava estável aos 119.192,82 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 16,8 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2021 apresentava ligeiro avanço de 0,09%, aos 119.320 pontos.
Após oscilar na abertura dos negócios, o dólar comercial firma queda frente ao real, renovando mínimas sucessivas abaixo de R$ 5,40, refletindo um ingresso de recursos estrangeiros no país, relegando as críticas do presidente Jair Bolsonaro à Petrobras, o que assustou o mercado na abertura e levou a moeda a R$ 5,47, maior nível intraday desde o dia 1. A promessa de avanço nas tratativas em torno do auxílio emergencial na semana que vem ficam no radar do mercado.
Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,13%, cotado a R$ 5,3810 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2021 apresentava recuo de 0,84%, cotado a R$ 5,383.
“Foi fluxo de exportador e ingresso de investidor estrangeiro. Lá fora, observamos também uma pequena piora do dólar frente aos pares e à algumas divisas de países emergentes, o que refletiu na queda mais intensa aqui”, comenta o diretor de uma corretora nacional, acrescentando que as falas do presidente Jair Bolsonaro ontem, criticando a política de preços da Petrobras refletiu “pontualmente” na abertura da sessão.
A equipe da mesa de câmbio da Travelex Bank reforça que a política local segue no radar em meio à promessa do governo federal de apresentar o relatório da PEC Emergencial, que irá tratar do auxílio emergencial, na próxima semana no Senado. “O que gera um alívio nos investidores, os quais estão muito preocupados com a política fiscal interna”, acrescentam.
As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem em alta, apesar da queda acelerada do dólar, com os investidores mostrando desconforto com o cenário político brasileiro, em meio às indefinições sobre o auxílio emergencial e as declarações populistas do presidente Jair Bolsonaro.
Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,42%, de 3,40% no ajuste da véspera; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,095%, de 5,06% após o ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 estava em 6,67%, de 6,63% ontem; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,33%, de 7,27%, na mesma comparação.