MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa reverteu a queda apresentada na abertura e passou a subir ainda pela manhã, com investidores aguardando a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na tarde de hoje e refletindo a entrega de novas vacinas ao Ministério da Saúde pelos laboratórios. Na máxima da sessão, o Ibovespa chegou a avançar mais de 1%.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,92%, aos 115.078,71 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,2 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2021 apresentava avanço de 0,84%, aos 115.170 pontos.

O novo ministro da Saúde participou de uma solenidade na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para a entrega de 500 mil doses da vacina contra a Covid-19 produzidas pela entidade. “O mercado está mais forte. A impressão que temos é que estamos começando a nos organizar”, disse uma fonte.

Ainda hoje, o governado de São Paulo, João Dória, anunciou a entrega, pelo Instituto Butantã, de mais vacinas. Ontem a presidente da Fiocruz, Nisa Trindade, divulgou que a entidade deverá entregar esta semana 1,08 milhão de vacinas. Neste mês de março deverá completar 3,8 milhões de imunizantes.

Em alta firme desde a abertura dos negócios, o dólar comercial reduziu os ganhos frente ao real e opera a R$ 5,65 em linha com o exterior, que também exibe algumas oscilações com investidores à mercê da publicação da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), à tarde. A cautela prevalece lá fora e pressiona os rendimentos das taxas futuras dos títulos do governo norte-americano, as treasuries, com o vencimento de 10 anos (T-Note) na maior alta desde janeiro do ano passado.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,60%, cotado a R$ 5,6500 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2021 apresentava avanço de 0,45%, cotado a R$ 5,652.

A economista-chefe da Consulenza Investimentos, Helena Veronese, reforça que o sentimento de cautela prevalece lá fora com o mercado em compasso de espera pela decisão do Fed.

“Além da decisão em si, o movimento se justifica pela alta dos juros das treasuries, ainda repercutindo os temores com a volta da inflação por lá”, diz, reforçando que diante da falta de expectativas de alteração na condução de política monetária, as atenções se voltem para os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a “nova inclinação” da curva de juros.

Além da espera pelo Fed, após o fechamento do mercado tem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, a “super quarta-feira” é repleta de expectativas quanto aos sinais a serem emitidos pelos Bancos Centrais e o que pode “significar para o futuro” das moedas.

“Aqui, o recrudescimento da pandemia, com a alta constante do número de óbitos [por covid-19], eleva cada vez mais o peso político sobre as decisões a serem tomadas. A pretensa independência do BC terá o seu primeiro teste de fogo hoje, com a necessidade de subir os juros em ao menos 0,50 ponto percentual”, avalia.

Vieira acrescenta que a “insistência” em uma política de juros excessivamente frouxa, ainda mais inseridos em um contexto de pandemia, levou o capital externo a “nos preterir por parceiros menos instáveis entre nossos pares”, com consequências nítidas na taxa de câmbio. “Cresce, portanto, a expectativa em relação ao comunicado pela necessidade de sinalizar ao mercado o que o BC está prestes a fazer para combater tal distorção”, reforça.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam em alta, acompanhando o avanço do dólar em relação ao real, em um dia no qual os investidores realizam os últimos ajustes de expectativas em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre os rumos de sua taxa básica de juro, a Selic.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,295%, de 4,255% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,06%, de 5,985%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,48%, de 7,35% ontem; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,99%, de 7,87%, na mesma comparação.