MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após abrir em ligeira alta e antes do início da abertura das bolsas de Nova York superou os 118 mil pontos, mas logo desacelerou e passou a operar entre perdas e ganhos, voltando a firmar-se em alta no início da tarde. Os índices norte-americanos também operam em alta, com o Dow Jones bem perto da estabilidade.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,86%, aos 118.635,32 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 13,4 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2021 apresentava avanço de 0,75%, aos 118.885 pontos.

Os investidores seguem atentos à fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano, Jerome Powell, na tarde de ontem sobre os detalhes proferidos na divulgação da ata do Fed desta quarta-feira. Aqui, o mercado se preocupa com o desfecho em relação ao orçamento.

O Ibovespa começou a engatar alta devido à fala do ministro Paulo Guedes, no evento promovido pelo Brazil-US Business Council. Ele disse que a taxa de câmbio “provavelmente passou” do ponto de equilíbrio.

De acordo com uma fonte, a volatilidade no Ibovespa é atribuída aos papéis da Petrobras (PETR 3 e PETR4), que apontam perda de 1,42% e 1,41%, respectivamente. A fonte afirmou que devido à fala de ontem do presidente Jair Bolsonaro que era “inadmissível” a Petrobras reajustar o gás natural em 39% [anunciado esta semana] provocou a queda das ações da estatal. “Há investidores querendo se desfazer do papel”, afirma.

Ele também comenta que deve aumentar a liquidez das ações da Petrobras e refletir no volume financeiro. Por volta das 12h20, volume financeiro era de R$ 13,8 bilhões. No entanto reforça que a queda não é maior devido às altas da Vale (VALE3), Usiminas (USIMS5), Gerdau (GGBR3) Ambev (ABEV3) que ganham 0,27% 2,12%; 1,13% e 2.16% respectivamente.

Ouro ponto que chama atenção do mercado, segundo a fonte, é que os empresários dos Estados Unidos não estão satisfeitos com o aumento de impostos para o setor corporativo entre 21% e 28% para financiar o pacote trilionário em infraestrutura. “Existe um temor de que os empresários invistam em outros países”.

Em queda desde a abertura dos negócios, o dólar comercial voltou a operar abaixo de R$ 5,60 ainda em linha com o exterior, onde a busca por risco permanece após o Fed reafirmar por meio da ata da última reunião de política monetária que deverá manter o atual grau de estímulos por um longo período. O que reflete em uma nova queda dos rendimentos das taxas de juros futuros dos títulos do governo norte-americano, as treasuries.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,43%, cotado a R$ 5,5650 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de 2021 apresentava recuo de 0,83%, cotado a R$ 5,573.

O diretor de câmbio de uma corretora nacional reforça que o comportamento da moeda acompanha o exterior em dia de “fragilidade” do dólar em meio ao recuo das treasuries pelas sinalizações de políticas monetárias estimulativas por um longo período apontadas pelas atas do Fed e do Banco Central Europeu (BCE), hoje.

A equipe econômica do Bradesco destaca que o Fed reforçou na ata divulgada ontem a política monetária acomodatícia, além de reconhecer uma melhora da atividade econômica nos Estados Unidos.

“Na última reunião, os membros da autoridade monetária apontaram que não haverá elevação de juros antes de 2024, embora as previsões de inflação já alcancem a meta de 2% em 2021. Ontem, o Fed sinalizou que não pretende iniciar uma normalização da política monetária antes de ter certeza de que a economia está se recuperando de forma robusta”, avaliam os analistas do banco, acrescentando que o Fed vê o balanço de riscos para a inflação e para o emprego equilibrado.

“Por um lado, porque houve forte recuperação recente da atividade econômica do país, foram aprovados robustos estímulos fiscais e os efeitos da vacinação podem ser mais expansionistas do que o esperado. Porém, por outro, porque a pandemia continua exercendo riscos significativos sobre o cenário econômico”, pondera a equipe do Bradesco.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam em queda neste início de tarde, acompanhando o recuo do dólar depois da demanda integral da oferta de NTN-B promovida pelo Tesouro Nacional no fim da manhã de hoje. O fechamento acentua-se ao longo da curva, impactando principalmente os vértices mais longos. A liquidez, no entanto, é reduzida, o que tem levado a volatilidade nas taxas.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,645%, de 4,70% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,47%, de 6,635%; o DI para janeiro de 2025 ia a 8,14%, de 8,30% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,77%, de 8,91%, na mesma comparação.