MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após abrir em alta e chegar a 0,70% na primeira meia hora do pregão, o Ibovespa desacelera o ganho e passa a operar entre os territórios negativo e positivo, em movimento contrário ao mercado norte-americano.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava estável, aos 120.526,77 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 11,5 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2021 apresentava queda de 0,21%, aos 120.945 pontos.

A questão da política interna e a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na quarta-feira, também estarão no radar dos investidores.

Para os analistas da Sul America,”os mercados devem continuar atentos ao ambiente externo e às questões políticas e fiscais internas”. Os especialistas enfatizam que “o Ibovespa deve continuar flutuando em torno dos 120 mil pontos, sem força para alçar voos mais longos”.

Outro fator de atenção dos investidores é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia, que será instalada amanhã (27) em um contexto em governo federal reduziu em 23% a estimativa de entrega das doses de vacinas contra a covid-19 para o primeiro semestre.

Os analistas da Sul America também salientam a promessa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) em acelerar a reforma tributária. Ele afirmou que uma versão inicial do texto será apresentada no dia 3 de maio.

O dólar comercial voltou a firmar queda frente ao real, renovando mínimas sucessivas abaixo de R$ 5,44, com o exterior mais positivo para a maioria das moedas de países emergentes e a divisa norte-americana mais enfraquecida ante os pares. Aqui, a política local segue no radar do mercado em semana de agenda de indicadores pesada e eventos importantes, como a decisão de política monetária do Fed.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,87%, cotado a R$ 5,4510 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de 2021 apresentava recuo de 0,44%, cotado a R$ 5,453.

A economista-chefe da Consulenza Investimentos, Helena Veronese, destaca que o mercado doméstico repercute a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, no fim de semana, no qual disse que uma versão inicial do teto da reforma tributária deverá ser divulgada em 3 de maio.

“O que traz algum ânimo ao mercado local que, diante do complicado quadro político, precifica como baixa a chance de alguma reforma estrutural acontecer ainda em 2021”, avalia. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o Orçamento de 2021, assunto que vinha “tirando o sossego” dos investidores nas últimas semanas.

Lá fora, o destaque da semana é a decisão do Fed, na quarta-feira, e investidores posicionam os investidores à espera do tom da autoridade monetária. O estrategista-chefe da Levante, Rafael Bevilacqua, reforça que os prognósticos são de que nada mude e o banco central dos Estados Unidos mantenha a taxa de juros perto de zero, além da política monetária “frouxa”.

“Mais relevante do que a própria decisão, serão os comentários sobre ela. O que os investidores esperam ouvir é uma confirmação de que o Fed vai continuar deixando a liquidez farta e o dinheiro barato por mais alguns trimestres, até que a economia norte-americana se recupere totalmente”, diz Bevilacqua.

Além das sinalizações do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, Veronese ressalta que o mercado aguarda também o anúncio oficial do presidente norte-americano, Joe Biden, de aumento de impostos para os mais ricos.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam com viés de alta em um dia no qual os ativos de risco oscilam perto da estabilidade nos mercados financeiros internacionais e as projeções do relatório semanal Focus, do Banco Central, mostram alguma piora nos principais indicadores econômicos para o fim deste ano.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,65%, de 4,635% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,25%, de 6,200%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,75%, de 7,72% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,37%, de 8,36%, na mesma comparação.