MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa começou o pregão em bom humor após as perdas de ontem. Em um pouco mais de uma hora de negócios passou a acelerar a alta.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 1,55%, aos 119.541,34 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 16,7 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2021 apresentava avanço de 1,45%, aos 119.895 pontos.

Na avaliação de Davi Lelis, especialista e sócio da Valor Investimentos, ” o mercado estaria de lado, mas com a alta das ações da Gerdau e Usiminas puxa positivamente o Ibovespa hoje”, afirma.

Para os analistas da Terra Investimentos, alta no Ibovespa é empurrada pelas ações ligadas a ativos de commodities como Vale (VALE 3) e Petrobras (PETR3 e PETR4), que avançam 2,24% e 4,62 e 4,45%, respectivamente.

E os papéis de siderurgia seguindo o balanço positivo da Gerdau [mostrou lucro líquido de R$2,471 bilhões no 1T21, alta de 1016% na comparação com o mesmo período do ano passado, de R$242 milhões], as ações da Gerdau (GGBR4) aceleram 6,55%.

Outro ponto favorável é “o reajuste no preço do aço no mês de maio em até 18%, informação positiva para a CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5)”, comentam. As ações das empresas de siderurgia sobem 3,63% e 4,88% respectivamente.

Para o especialista da Valor Investimentos, “com o avanço da vacinação, as pessoas estão se locomovendo mais e isso faz com que o consumo de gasolina e de derivados do petróleo suba”, ressalta.

Os analistas da Terra Investimentos comentam que em meio à alta do índice, os investidores aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a taxa de juros do País, que aumentar a Selic em 0,75 ponto porcentual e o depoimento do ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado.

O dólar comercial abriu a sessão de hoje de lado, mas logo depois passou a cair e firmou-se em terreno negativo até o final da manhã, com investidores elevando o apetite por risco em ativos de países emergentes.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,99%, cotado a R$ 5,3760 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2021 apresentava recuo de 1,30%, cotado a R$ 5,387.

Enquanto isso, os investidores fazem os últimos ajustes antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em relação aos próximos passos da taxa Selic.

“O mercado se posiciona para um comunicado conservador por parte do BC, sugerindo aumentos adicionais à Selic, que hoje deverá ser majorada em 0,75 ponto porcentual, para 3,50% ao ano”, avalia a equipe da Correparti Corretora de Câmbio.

No campo político, pesam o retorno da reforma tributária à estaca zero e os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as responsabilidades sobre a reação do governo à pandemia. Depois de o depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ter tomado todo o dia de ontem, hoje é a vez de seu sucessor, Nelson Teich, depor perante os senadores.

Além da CPI da pandemia, relatório assinado pelo analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, destaca também o trabalho reforma tributária, com a iniciação da leitura por Aguinaldo Ribeiro, relator, do texto sobre a reestruturação do sistema de tributos e impostos, com a unificação de tributos federais, estaduais e municipais, com legislação única e nacional e adotando o princípio do destino.

“Além disso, havia a expectativa que Congresso votasse projeto que suplementa Orçamento 2021 em mais de R$ 19 bilhões, mas Rodrigo Pacheco cancelou a sessão, ficando para amanhã. Paulo Guedes afirmou que auxílio emergencial terá que ser substituído por Bolsa Família mais robusto, ou pelo Renda Brasil, com valor pouco acima de R$ 170”, explicou Chinchila.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) adotaram um viés de queda acompanhando o recuo do dólar em relação ao real na manhã de hoje. O movimento é mais claro nas taxas mais longas, enquanto os vencimentos mais curtos seguem de lado, com os investidores em compasso de espera pelo resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,785%, de 4,795% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,49%, de 6,550%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,96%, de 8,04% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,58%, de 8,66%, na mesma comparação.