São Paulo – O Ibovespa mantém o movimento positivo desde a abertura seguindo as bolsas em Nova York e puxado pelas ações da Petrobras, após o resultado do balanço da véspera [lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no 1T21, revertendo o prejuízo de R$ 48,52 bilhões no igual período de 2020; o ebita (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 30,5% no período].
Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,45%, aos 121.253,91 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 17,4 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2021 apresentava avanço de 0,50%, aos 121.555 pontos.
Para o analista José Costa Gonçalves, da Codepe Corretora, o Ibovespa segue o movimento das bolsas norte-americanas e a ações Petrobras [PETR3 e PETR4] ajudam para o otimismo. “Sem nenhuma manifestação sobre a alta de juros nos Estados Unidos, a Petrobras arrasta a Bolsa para cima, em contraponto, a mineradora Vale e siderúrgicas estão sofrendo, com a queda do minério nos últimos dias [mais de 20% na bolsa de Dailan, na China]”, afirma.
Os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) sobem 3,22% e 3,56%, respectivamente. O destaque também fica para aas ações da Ambev (ABEV3), que avançam 1,77% e do Itaú (ITUB4) registram ganho de 1,72%. Na ponta negativa, os papéis da Vale (VALE 3) caem 1,79% e siderúrgicas, como Usiminas (USIM5) retraem 2,85%.
Para os analistas da Sul America Investimentos, “os mercados tentam se equilibrar após as perdas desta semana, focando nos benefícios da retomada de crescimento, deixando em segundo plano as preocupações com os efeitos inflacionários”, comentam.
Os dados de vendas no varejo dos Estados Unidos ficaram estáveis em abril após forte avanço no mês anterior com os estímulos à economia do País. A produção industrial aumentou 0,7% em abril e ficou abaixo das estimativas dos analistas que previam alta de 0,8%.
Passado o momento de aversão ao risco devido a divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos, a tendência de queda do dólar comercial volta a prevalecer frente a economias de países emergentes e exportadores de commodities. Com isso, a moeda norte-americana opera em queda desde a abertura da sessão, prometendo seguir nessa direção.
Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,18%, cotado a R$ 5,2500 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2021 apresentava recuo de 1,10%, cotado a R$ 5,258.
Em seu boletim matinal, o Bradesco lembra que os investidores devem seguir atentos e tomando decisões pensando no cenário de inflação nos Estados Unidos.
“Lá fora o dólar perde de seus pares e das moedas emergentes e ligadas as commodities, com destaque para o peso mexicano”, observou a equipe da Correparti Corretora de Câmbio em comentário matinal.
Ainda na primeira hora de sessão, o dólar recuperou temporariamente parte do terreno perdido depois da divulgação dos dados de vendas no varejo e preços de importação nos Estados Unidos, mas depois a queda se acentuou acompanhando os mercados internacionais.
As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam em queda, acompanhando o recuo do dólar em relação ao real, em um dia no qual o apetite por risco predomina nos mercados financeiros internacionais.
Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,89%, de 4,885% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,685%, de 6,71%; o DI para janeiro de 2025 ia a 8,18%, de 8,26% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,76%, de 8,85%, na mesma comparação.