MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O índice Ibovespa opera em queda desde a abertura acompanhando um recuo generalizado nas bolsas norte-americanas e com investidores ainda digerindo as incertezas sobre o cenário político local, com o andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia no Senado, com o depoimento, que está ocorrendo no momento, do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 0,46%, aos 122.404,70 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 16,4 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2021 apresentava recuo de 0,17%, aos 122.680 pontos.

No exterior, os investidores mantêm a cautela antes da divulgação da ata do Fed em meio a temores relacionados com a aceleração da inflação e o superaquecimento de economias centrais. “Lá fora, os investidores estão divididos entre uma correção dos ativos e a espera pela ata da última reunião do Fomc”, explica o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira. A Necton Corretora destaca que as perdas no exterior são puxadas por uma correção nos preços das ações do setor de tecnologia.

No cenário local, as preocupações giram em torno do depoimento do general Eduardo Pazuello perante a CPI da pandemia e da operação da Polícia Federal que investiga possíveis crimes cometidos por agentes públicos no Ministério do Ambiente e no Ibama.

Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, vê o Ibovespa acompanhando a realização de lucros de seus pares em um dia no qual os preços das commodities também caem.

No cenário corporativo, o Grupo Ultra fechou ontem a venda da rede de farmácias Extrafarma para a Pague Menos. Em uma operação estimada em R$ 700 milhões. Já a Rede D’or São Luiz informou hoje detalhes de uma oferta de ações que pretende levantar até R$ 4,5 bilhões, considerando o valor dos papéis da empresa no fechamento de ontem, de R$ 71,90. Considerando as ações adicionais, a operação pode alcançar R$ 6,751 bilhões. A empresa fará uma oferta pública de distribuição primária e secundária restrita de 62.600.000 ações ordinárias, podendo ser ampliada em até 50%.

O dólar comercial tem alta firme frente ao real, apesar das oscilações com sinal positivo ao redor de R$ 5,30, acompanhando o exterior negativo para os ativos globais, à espera da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), atento ao tom da autoridade monetária sobre a inflação. Aqui, investidores acompanham o depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, em dia movimentado em Brasília.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,24%, cotado a R$ 5,2660 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2021 apresentava avanço de 0,05%, cotado a R$ 5,270.

A economista de uma plataforma de investimentos destaca que a ata do Fed ganha “especial importância” em um momento de preocupação com a volta da inflação e com uma eventual retirada de estímulos monetários pelos principais bancos centrais do mundo. Ela acrescenta que o resultado do índice de preços ao consumidor na Europa contribuiu para renovar as preocupações com a volta da inflação global.

Na zona do euro, o dado subiu 1,6% em abril na comparação anual, ante alta de 1,3% no mês anterior. Já no Reino Unido, a inflação avançou 1,5% na mesma base de comparação, superando as expectativas, enquanto em março, o resultado foi +0,7%.

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, avalia que o documento do banco central dos Estados Unidos não deve trazer “grandes novidades” em relação ao comunicado, em especial pela ausência de informações mais precisas sobre o que pode ser o novo plano de estímulo econômico do governo norte-americano.

“Já é dado como certo que o plano anterior não tem nenhuma chance de prosperar, dado o custo elevado em termos de impostos e o rumo dado aos recursos, em especial, aqueles conectados ao desemprego”, avalia Vieira.

O depoimento de Pazuello na CPI da covid-19 segue e há pouco, o ex-ministro da Saúde declarou não ter participado da negociação de compra de vacinas da Pfizer e justificou que as cláusulas do laboratório para o medicamento “eram muito estranhas”.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) adotaram um viés de queda no início da tarde acompanhando um leve recuo das taxas no exterior e a diminuição da pressão sobre o dólar. No exterior, os investidores mantêm a cautela e o dólar avança ante a maior parte das demais moedas, mas com menos intensidade no momento, antes da divulgação da ata do Fed em meio a temores relacionados com a aceleração da inflação e o superaquecimento de economias centrais.

No cenário local, as preocupações giram em torno do depoimento do general Eduardo Pazuello perante a CPI da pandemia e da operação da Polícia Federal que investiga possíveis crimes cometidos por agentes públicos no Ministério do Ambiente e no Ibama.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 4,96%, de 4,98% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,80%, de 6,82%; o DI para janeiro de 2025 ia a 8,27%, de 8,30% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,86%, de 8,87%, na mesma comparação.