MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após renovar as máximas históricas no movimento intraday, acima dos 129.800 pontos, o Ibovespa inverteu o sinal e oscila sem direção única com viés de queda, na contramão das bolsas de Nova York, onde os índices sustentam alta após os dados do mercado de trabalho norte-americano, o payroll, que trouxe números abaixo do esperado, em maio.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em queda de 0,09%, aos 129.479,53 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,9 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2021 apresentava avanço de 0,06%, aos 129.540 pontos.

“Após dias seguidos de recorde, chegou a sexta-feira, dia de tomar uma posição mais defensiva para passar o final de semana sem preocupações. Com isso, é natural que o investidor realize lucro na sessão. Mas vale destacar que a tendência para o Ibovespa ainda é de alta, ou seja, apenas um ligeiro viés de queda hoje”, afirmou um operador de renda variável.

A economia dos Estados Unidos criou 559 mil postos de trabalho em maio e a taxa de desemprego caiu para 5,8%, de 6,1% em abril. O número de vagas criadas ficou abaixo da projeção dos analistas, que esperavam abertura de 663 mil vagas. A taxa de desemprego veio abaixo da previsão, de 5,9%. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Trabalho do país e as estimativas foram levantadas com analistas pela Agência CMA. O Departamento informou também que em abril foram criados 278 mil postos de trabalho, mais que as 266 mil vagas divulgadas na leitura preliminar.

O dólar comercial tem queda firme frente ao real, após oscilar forte na abertura dos negócios, em linha com o exterior, onde a moeda norte-americana perde terreno para as divisas pares e de países emergentes digerindo os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, no qual o payroll mostrou que a criação de vagas de emprego no mês passado ficou abaixo do esperado.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,21%, cotado a R$ 5,0730 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2021 apresentava recuo de 0,04%, cotado a R$ 5,085.

O diretor de uma corretora nacional reforça a “fragilidade” do dólar e que a moeda perdeu força no exterior após a divulgação dos dados. Em maio, foram criados 559 mil postos de trabalho nos Estados Unidos, enquanto o mercado esperava a abertura de 663 mil vagas. A taxa de desemprego caiu para 5,8%, de 6,1% apurado em abril.

Sobre o payroll, o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos, avalia que, apesar da retomada gradual, o número de empregos perdidos no início da pandemia permanece elevado e ainda não foram recuperados. “Tal contexto deve levar o Fed [Federal Reserve, o banco central norte-americano] a sustentar o discurso cauteloso em relação à redução de estímulos monetários, ao menos no curto prazo”, destaca.

Campos acrescenta que os números apontam que o mercado de trabalho segue em recuperação no país, mas a intensidade do processo não deve ser vista pelo Fed, ao menos neste momento, como suficiente para sinalizar em breve uma mudança de política monetária.

“Isso tende a manter o apetite ao risco elevado no curto prazo, em linha com os movimentos de mercado registrados em maio. No entanto, a direção positiva da economia e do emprego deve manter os investidores atentos a uma possível alteração no tom nos próximos meses, quando o dólar receberia um novo impulso”, ressalta.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) aceleraram as perdas, em linha com o dólar e com o forte recuo dos rendimentos das taxas futuras dos títulos do governo norte-americano, as treasuries, com o vencimento de 10 anos (T-Note) operando a 1,57%, após a divulgação dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, o payroll, com números abaixo do esperado. Além de dar continuidade à percepção de ambiente doméstico mais positivo para a busca por risco.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 5,06%, de 5,11% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,595%, de 6,705%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,67%, de 7,80% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,20%, de 8,34%, na mesma comparação.