MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa operava em queda e mudou de direção passando a subir acompanhando a recuperação no mercado externo. As ações dos bancos e Petrobras, que têm forte peso no índice, melhoraram o desempenho e subiam.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,11%, aos 124.533,52 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 12,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2021 apresentava queda de 0,15%, aos 124.870 pontos.

Mais cedo, a queda no índice deveu-se ao resultado mais baixo que o esperado pelos analistas da produção da Vale (VALE3) de 75,7 milhões de toneladas de minério de ferro no 2 trimestre de 2021.

O analista José Costa Gonçalves, da Codepe Corretora, comenta que a produção da Vale causou mau humor nos analistas, mas “já assimilaram os dados da companhia e à medida que o volume projetado foi crescendo, a Bolsa passou a subir”.

Gonçalves enfatiza que “o mercado é comprador e acompanha o bom desempenho lá fora”.

Segundo o analista da Codepe Corretora, os papéis de peso no índice também melhoraram. “Os bancos, Petrobras e Vale passaram a subir impulsionando a Bolsa”.

Para Rodrigo Friedrich, sócio da Renova Invest, o mercado mantém as atenções em relação à variante delta em um dia de agenda esvaziada. “Além da inflação alta nos Estados Unidos que preocupa muito o mercado, a variante delta está no radar porque pode impactar na retomada da economia global”, comenta.

Mas para a sessão de hoje, o sócio da Renova Invest, acredita em um dia mais positivo. “Hoje será um dia de recuperação, de alta”, enfatiza.

Os analistas da Ajax Capital afirmam que a Bolsa deve ser positiva. “Os ativos locais devem se recuperar em linha com o exterior”.

Os analistas da Ajax Capital comentam que devem continuar as discussões em torno do crescimento pós-pandemia e a possibilidade de retirada dos estímulos na economia norte-americana. “”Seguimos em um ambiente com altas pressões inflacionárias, mas com desaceleração na margem do crescimento das principais economias desenvolvidas, assim os ruídos em torno das novas variantes do coronavírus impactam negativamente o mercado”.

Por  aqui, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem que deve vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, aprovado na semana passada pelo Congresso, e comentou sobre o aumento do Bolsa Família. “A equipe econômica ainda não indicou fonte de financiamento do novo programa social”, afirmam os analistas da Ajax Capital.

Os investidores acompanham os balanços do segundo semestre tanto aqui como nos Estados Unidos. No Brasil, a temporada se inicia com o resultado da Neoenergia após o fechamento do mercado.

Após abrir em queda e chegar a subir na máxima de R$ 5,2940 (+0,83%), o dólar comercial deu uma desacelerada e opera perto da estabilidade. Os investidores ainda digerem os dados de construção de moradias nos Estados Unidos atrelado aos números da inflação do país anunciados na semana passada e a disseminação da variante Delta. Vale destacar que ainda há um movimento de correção após a alta de ontem.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,40%, sendo negociado a R$ 5,2290 para venda. No mercado futuro, o contrato com vencimento em agosto de 2021 apresentava desvalorização de 0,43%, cotado a R$ 5,259.

As construções de moradias nos Estados Unidos subiram 6,3% em junho ante maio, para 1,643 milhão de unidades, pela taxa anualizada, ante 1,546 milhão de unidades (dados revisados) no mês anterior, informou o Departamento de Comércio do país. Na comparação com junho de 2020 houve alta de 29,1%. O mercado previa alta de 1,1% na construção de moradias em junho em base mensal, depois das 1,572 milhão de unidades originalmente reportadas para maio.

“Abrimos a terça-feira com correções ao considerável selloff global da véspera, quando investidores entraram em rota de realizações em meio a combinação de fortes dados inflacionários norte-americanos (divulgados na última semana) e receios renovados no âmbito da pandemia (variante delta em foco). Ainda assim, a recuperação até então observada nesta manhã é parcial se comparada aos movimentos de ontem”, explicou a Commcor Corretora.

“Em dia de agenda fraca de indicadores importantes mundo afora e após as fortes perdas de ontem, a expectativa é para o comportamento dos mercados globais em semana que teve início tenso com o risco de disseminação da variante Delta, que causou uma reviravolta no otimismo sobre a recuperação da economia global, renovando a ameaça de que o fim da pandemia pode estar longe”, afirmou Ricardo Gomes da Silva, da Correparti Corretora de Câmbio.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam de lado desde o início da sessão, tentando acompanhar as oscilações do dólar em relação ao real em um dia no qual os investidores buscam alguma acomodação depois da forte correção ocorrida na véspera em meio a temores relacionados com a disseminação da variante delta do novo coronavírus.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 apresentava taxa de 5,76%, de 5,76% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 7,13%, de 7,145%; o DI para janeiro de 2025 ia a 8,13%, de 8,11% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,56%, de 8,54%, na mesma comparação.