MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa mantém-se em terreno positivo acompanhando a alta no exterior e puxado, principalmente, pelos bancos e Vale. Os cenários político e fiscal seguem no radar dos investidores.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 1,54%, aos 123.679,07 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 15,2 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2021 apresentava avanço de 1,33%, aos 123.935 pontos.

Para Caio Kanaan Eboli, sócio e diretor operacional da mesa proprietária Axia Investing, o pregão de hoje é de alta acompanhando exterior. “Lá fora puxa o nosso mercado para cima com resultados corporativos animando a Bolsa e a variante delta amenizando o estresse”, afirmou.

Uma outra fonte de um grande banco que não quis se identificar comentou que “as ações das instituições financeiras e Vale puxam o índice “. Ele acrescentou que “a expectativa do mercado está para os balanços corporativos “.

O analista José Costa Gonçalves, da Codepe Corretora, avaliou que as cinco principais ações do índice – Itaú, Bradesco, Vale, Vale e B3 – operam e alta e puxam o Ibovespa para cima, mas ressaltou que “o destaque são os bancos, que ajudam na recuperação da queda de sexta-feira com a perspectiva de balanço”. Hoje será divulgado o resultado do Itaú, após o fechamento do mercado e amanhã é a vez do balanço do Bradesco.

Gonçalves acrescentou que os dados econômicos na Alemanha e Estados Unidos são positivos e “a China deu uma trégua”. Ele se refere à questão da regulação das empresas privadas que foi motivo de baixa das bolsas mundiais nos últimos dias.

Para o Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital, os balanços devem ditar o rumo do mercado, com destaque para o Itaú após o fechamento do mercado. Mas ressaltou que o mercado continua preocupado com o teto de gastos e os precatórios. “Como o governo vai solucionar para pagar sem estragar muito o fiscal”.

Os analistas da Ajax Capital estimaram um pregão mais positivo. “Ativos locais devem se recuperar das realizações mais recentes com ambiente externo mais favorável “.

O gestor da Galapagos afirmou que até o dia 28 de julho saíram da Bolsa R$ 7 bilhões de capital estrangeiro. “Isso pode justificar a queda da Bolsa no mês passado”.

Em queda desde o início da sessão, o dólar fechou a manhã desvalorizado. Isso se deve, em grande parte, a fatores externos como a o aumento na atividade industrial e queda da aversão ao risco. Em linhas gerais, o mercado está otimista nesta segunda-feira.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,43%, negociado a R$ 5,1340 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2021 apresentava recuo de 1,50%, cotado a R$ 5,154.

“Hoje estão sendo corrigidas algumas distorções de sexta, que foi um dia muito estressante no mercado. É um dia de dólar fraco no mundo inteiro, também pela questão dos juros no Estados Unidos”, analisa o economista-chefe da Necton, André Perfeito.

“Os indicadores de atividade global e a divulgação de balanços corporativos trazem alívio à aversão ao risco. Os mercados acionários registram ganhos e o dólar perde força ante as demais moedas”, afirmou o Bradesco em relatório matinal.

Apesar da queda da moeda norte-americana no início da sessão, “as tensões no cenário político poderão trazer grande volatilidade”, segundo Guilherme Esquelbek, da Correparti.

O Congresso retorna do recesso nesta semana, o que deixa os investidores em alerta a respeito da tramitação de reformas econômicas e em relação à continuidade da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga erros e omissões do governo em relação à pandemia de covid-19.

Além disso, a perspectiva de aumento nas despesas com o Bolsa Família sinalizado na semana passada por autoridades do governo – também podem ajudar a mitigar a queda do dólar. “As questões fiscais, os precatórios para pagar em 2022 e inflação persistente são fatores negativos”, aponta André.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam em queda firme, com os investidores promovendo ajustes à alta acentuada ocorrida na sexta-feira ao mesmo tempo em que tentam antecipar os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 apresentava taxa de 6,275%, de 6,31% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 7,735%, de 7,85; o DI para janeiro de 2025 ia a 8,59%, de 8,70% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,92%, de 9,04%, na mesma comparação.