MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa segue operando em alta com investidores mais otimistas sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus, depois que a empresa norte-americana Moderna disse teve bons resultados e irá para nova fase de testes. No entanto, o índice já reduziu os ganhos depois de se aproximar dos 102 mil pontos na máxima do dia, refletindo as perdas das ações da Vale e a leve piora das Bolsas norte-americanas.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,66%, aos 101.104,84 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2020 apresentava avanço de 0,77%, aos 101.230 pontos.

“A Bolsa está fazendo novas tentativas de ultrapassar resistências para continuar o movimento positivo recente e o motivo é que uma das diversas vacinas em estudo mostrou resultados bastante satisfatórios. Mas o mercado ainda está sensibilizado, com excesso de alavancagem, como investidores já estão em níveis altos de alavancagem qualquer reversão do cenário pode resultar em quedas mais fortes”, disse o estrategista da Genial Investimentos, Filipe Villegas.

A Moderna informou ontem no final da tarde que sua vacina teve resposta imunológica “rápida e forte” em todas as 45 pessoas testadas, abrindo espaço para uma nova fase de testes no final deste mês, com 30 mil pessoas.

As esperanças com a vacina ajudam a ofuscar preocupações com o aumento de casos de covid-19, que bateram novo recorde nos Estados Unidos nas últimas 24 horas. No entanto, notícias sobre a pandemia podem trazer volatilidade ao longo do dia, assim como a tensão entre Estados Unidos e China, com questões envolvendo a Huawei e as mudanças da legislação em Hong Kong.

Entre as ações, as da Vale e de siderúrgicas, com a CSN, aceleraram perdas e estão entre as maiores quedas do Ibovespa. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou que a Vale apresente até o dia 23 de julho R$ 7,9 bilhões em garantias para o pagamento de eventuais multas ou outras punições em função do rompimento da barragem de Brumadinho.

Após oscilar sem rumo único frente ao real, o dólar comercial volta a operar em queda acompanhando o exterior onde a moeda norte-americana reduziu as perdas ante as moedas pares e de países emergentes. O fluxo local também corrobora para a volatilidade da divisa.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,29%, sendo negociado a R$ 5,3640 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2020 apresentava recuo de 0,13%, cotado a R$ 5,367.

“O dólar deu uma recuperada no exterior, tanto que o peso mexicano reduziu os ganhos também. Isso fez o real oscilar em alta por aqui”, comenta o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Ele acrescenta que as mínimas da moeda, abaixo de R$ 5,30, mexeram com o fluxo local demandando negócios por parte dos importadores. “É aquele movimento já que a moeda ficou barata puxando o importador que estava sem fazer negócios após ontem a moeda subir a R$ 5,45. Algumas tesourarias de banco aproveitam também essas faixas de preço para recompor posições”, diz.

Os ativos globais respondem ao otimismo dos investidores com os resultados positivos de testes de vacinas contra o novo coronavírus da farmacêutica norte-americana Moderna. Rugik destaca que, apesar do bom humor global, a crescente curva de casos confirmados de covid19 nos Estados Unidos impõe um limite nos ganhos dos ativos, o que amplia as incertezas quanto a velocidade da recuperação econômica global.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) operam na estabilidade, na expectativa por novidades sobre a criação da vacina contra o coronavírus e por dados da economia chinesa, que será divulgado na noite de hoje. Nos Esta dos Unidos é dia de indicadores importantes também, mas o principal foco dos investidores segue sendo na relação do país com a China.

Às 13h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,055%, de 2,055% do ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 3,01%, de 3,01% do ajuste do pregão anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,09%, de 4,09%; o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,55%, de 5,58% na mesma comparação.