MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após já abrir em alta, o Ibovespa acelerou ganhos acompanhando o tom otimista das Bolsas norte-americanas antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e puxado por ações como as do Santander e da CSN, que disparam refletindo balanços do segundo trimestre.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,87%, aos 105.021,33 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,4 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2020 apresentava avanço de 1,13%, aos 105.075 pontos.

“Hoje o Fed decide a taxa de juros e esperamos que Powell [Jerome, presidente do Fed] traga sua visão sobre economia norte-americana e sinais sobre quais seriam os próximos passos. Essa queda do dólar das últimas semanas é o mercado já precificando que taxas de juros por lá fique baixa por um bom tempo”, disse o estrategista de ações da Genial Investimentos, Filipe Villega, em “morning call”.

Apesar das expectativas positivas sobre o Fed, o responsável pela mesa de futuros da Genial Investimentos, Roberto Motta, alerta que como o mercado já se posicionou e colocou um pouco no preço um Fed “dovish”, se houver alguma decepção, os mercados podem sentir fortemente. “O mercado espera ouvir a mesma frase das últimas reuniões, que o Fed irá fazer tudo o que for preciso para apoiar a economia norte-americana. Os últimos dados perderam um pouco de tração, então, é muito importante essa mensagem”, reiterou.

A decisão de política monetária nos Estados Unidos será anunciada às 15h00 e, em seguida, às 15h30, o presidente do Fed, Jerome Powell, falará com a imprensa.

Entre as ações, vários papéis refletem balanços e expectativas, caso das ações da CSN, que mostram a maior alta do Ibovespa no momento, após dados acima do esperado pelo mercado no segundo trimestre. Além da CSN, os papéis da Vale estão entre as maiores altas, refletindo a forte alta dos preços do minério de ferro e expectativas sobre o balanço que será divulgado hoje após o fechamento do mercado.

Os papéis do Santander são outros entre as maiores altas. Embora o resultado do trimestre tenha sido considerado dentro do esperado, analistas ainda veem pontos positivos e esperam que, em geral, os balanços de bancos venham melhores.

Após queda firme frente ao real, o dólar comercial oscila sem direção única, no patamar de R$ 5,15, acompanhando o movimento externo onde as moedas de países emergentes passaram a se desvalorizar ante a divisa norte-americana com investidores à espera da decisão do Fed hoje à tarde.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,07%, sendo negociado a R$ 5,1580 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2020 apresentava avançava de 0,15%, cotado a R$ 5,158.

Para o trader de mesa de câmbio da Travelex Bank, Pedro Molizani, diante da expectativa de uma postura mais “dovish” do Fed, a sessão é marcada pela espera pela decisão de política monetária e pela entrevista do presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell.

“As apostas são de manutenção dos juros na faixa entre 0% e 0,25% e, não obstante, na permanência da utilização dos instrumentos pelos quais o Fed pode atingir os objetivos de máximo emprego e estabilidade de preços em meio a pandemia”, comenta.

Para o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, as orientações futuras deverão se basear em metas. “Mas será interessante observar como os formuladores de política monetária veem o atual estágio da pandemia. Se ele é de curto, médio ou longo prazo, os efeitos no mercado de trabalho e as implicações para novas tomadas de decisões”, avalia.

Faganello reforça que, a princípio, não existe expectativa para juro negativo. “Mas se a porta for aberta, mercados emergentes seriam beneficiados”, acrescenta. Enquanto isso, investidores seguem atentos às negociações no Congresso norte-americano em torno do pacote de estímulos fiscais no valor de US$ 1,0 trilhão a ser votado e até aprovado nesta semana.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) operam em ligeira queda na espera pelo comunicado com a decisão do Fed sobre a política monetária dos Estados Unidos, com coletiva do presidente da autoridade, Jerome Powell, em seguida.

Às 13h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 1,92%, de 1,93% no ajuste do último pregão; o DI para janeiro de 2022 estava em 2,71%, de 2,74% do ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 3,77%, de 3,80%; o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,34%, de 5,36% na mesma comparação.