MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após chegar a cair mais de 1% e voltar os 97 mil pontos, o Ibovespa voltou a subir e tenta novamente uma recuperação puxado pelas ações da Vale e pela melhora dos índices norte-americanos. No entanto, as ações de bancos seguem em queda e as Bolsas no exterior também mostram volatilidade, com a ameaça de novas correções de ações de empresas de tecnologia.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,09%, aos 98.738,06 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,6 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2020 apresentava avanço de 0,49%, aos 98.840 pontos.

“O Ibovespa está mostrando movimentos bem erráticos, mas faz 30 dias que está rodando nos mesmos níveis”, disse o analista da Necton Corretora, Gabriel Machado. “Questões externas podem pressionar e ainda pode ocorrer uma correção maior no curto prazo, já que as Bolsas norte-americanos também podem mostrar novas correções e continuar uma rotação, com investidores saindo de ações de empresas de tecnologia e indo para outros setores mais baratos”, completou.

No momento, Wall Street mostra uma melhora, mas a Bolsa de tecnologia Nasdaq já chegou a ensaiar uma queda mais cedo.

Entre as ações, as de bancos seguem em queda, caso do Bradesco. Por outro lado, as ações da Vale e de siderúrgicas, como da CSN, que também têm grande peso no Ibovespa, sobem e estão entre as maiores altas.

A Vale anunciou que retomará o pagamento de remuneração aos acionistas, no valor de R$ 2,407 por ação, sendo R$ 1,4102 na forma de dividendos e R$ 0,9973 na forma de juros sobre o capital próprio. A companhia já tinha anunciado em julho que retomaria o pagamento de dividendos, o que não ocorria há cerca de dois anos, o que foi visto como um bom sinal por analistas.

O dólar comercial tem queda firme frente ao real, mas desacelerou as perdas, apesar de operar abaixo dos R$ 5,30 desde a abertura dos negócios, influenciado pelo exterior onde a moeda norte-americana perde terreno em meio ao viés de recuperação das bolsas de Nova York.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,28%, sendo negociado a R$ 5,3050 na venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2020 apresentava recuo de 0,34%, cotado a R$ 5,307.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, ressalta o movimento de fragilidade da divisa norte-americana no mercado global. “A nossa moeda está acompanhando o movimento do exterior com a moeda estrangeira em modo perdedor ante as moedas e de países emergentes”, comenta.

Ele acrescenta que, ajudou também na queda rápida da moeda, no qual a levou para as mínimas da sessão perto de R$ 5,25, um fluxo de entrada de recursos estrangeiros. “Foi perto da primeira janela [de formação de preço, às 10 horas] da taxa Ptax”, diz.

As taxas dos contratos futuros de juros seguem operando em queda, acompanhando o recuo do dólar e a cautela dos investidores atentos ao noticiário externo, como a negociação entre democratas e republicanos nos EUA, a preocupação por um desentendimento sobre o Breixt na Europa e, aqui no Brasil, a alta inflacionária de curto prazo. Tudo isso em um dia de agenda econômica fraca.

Às 13h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 2,84%, de 2,84% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,09%, de 4,11% após o ajuste ontem; o DI para janeiro de 2025 estava em 5,95%, de 5,97%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 6,92%, de 6,95%, na mesma comparação.