MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após oscilar entre leves perdas e ganhos perto da abertura do pregão, o Ibovespa tenta se firmar em alta acompanhando o movimento da Bolsas norte-americanas e puxado por ações como as de bancos e da Vale. No entanto, ainda mostra volatilidade enquanto investidores aguardam novidades sobre estímulos econômicos nos Estados Unidos.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,52%, aos 101.066,08 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 12,2 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2020 apresentava avanço de 0,34%, aos 101.285 pontos.

Para o analista da Mirae Asset Corretora, Pedro Galdi, o índice ainda pode ter volatilidade de olho nos Estados Unidos. “Na tarde de ontem confirmou-se as dificuldades de entendimento entre republicanos e democratas para o novo pacote de estímulo. Pesa também a proximidade da eleição nos Estados Unidos com os dois candidatos embolados nas pesquisas de intenção de votos”, disse.

Apesar de o prazo de ontem para se chegar a um acordo tenha sido vencido e ainda existam diferenças, o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, conversou com a presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, ontem e ambos se mostraram otimistas sobre um possível acordo até o final desta semana.

O economista-chefe da Nova Futura Corretora, Pedro Paulo Silveira, destaca que Mnuchin e Pelosi retomam as negociações relacionadas ao pacote de estímulos hoje, e o resultado das conversas serão “um importante balizador do mercado”.

Entre os papéis, os de bancos como os Itaú Unibanco (ITUB4 1,72%), seguem mantendo a toada positiva dos últimos dias, na expectativa de balanços trimestrais melhores. O mesmo acontece com a Vale (VALE3 1,74%) e siderúrgicas, que têm grande peso no índice.

As maiores altas do Ibovespa, por sua vez, são da Qualicorp (QUAL3 7,13%), da Eztec (EZTC3 3,68%) e da Braskem (BRKM5 2,15%). As ações da Qualicorp dispararam e mostram as maiores altas do Ibovespa depois que a Rede D’Or São Luiz anunciou que pretende ampliar a sua participação minoritária na companhia, enviando pedido de solicitação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Já as da Eztec reagem a seus dados operacionais do terceiro trimestre.

O dólar comercial segue em queda frente ao real, após oscilar próximo à estabilidade e ensaiar alta, com investidores ainda atentos às tratativas em relação à aprovação de um novo pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos antes das eleições presidenciais, em 3 de novembro.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,01%, sendo negociado a R$ 5,6090 na venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em novembro de 2020 apresentava avanço de 0,01%, cotado a R$ 5,610.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, destaca que o movimento da moeda no mercado doméstico acompanha a fraqueza no exterior ante as moedas pares e de países emergentes em função “da interminável novela do sai ou não sai” do tão esperado pacote de estímulo nos Estados Unidos.

“A volatilidade veio quando a moeda ficou em um nível visto como barato, o que atraiu importadores e levou a ensaiar ganhos frente ao real”, acrescenta.

Para o analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, é evidente as dificuldades de entendimento entre republicanos e democratas para a aprovação do novo pacote de estímulo. “Pesa também a proximidade da eleição nos Estados Unidos com os dois candidatos [o presidente Donald Trump e Joe Biden] embolados nas pesquisas de intenção de votos”, ressalta.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem com leves altas, interrompendo o movimento recente de devolução de prêmios, apesar da queda do dólar, que volta a ser cotado abaixo de R$ 5,60. Os investidores se posicionam para o tradicional leilão de títulos públicos, amanhã.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,25%, de 3,24% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,58%, de 4,54% após o ajuste ontem; o DI para janeiro de 2025 estava em 6,38%, de 6,33%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,26%, de 7,23%, na mesma comparação.