Mercado de capitais desacelera, puxado por debêntures, IPOs e follow-ons, diz Artica

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São Paulo – Levantamento da Ártica Investimentos apontou que houve captação de R$ 153 bilhões no mercado primário de janeiro a junho, 35% abaixo do registrado no mesmo período de 2022, devido à queda significativa nas emissões de renda variável (IPO e follow-ons) e renda fixa.

Na comparação trimestral, houve captação de R$ 154 bilhões no mercado primário no segundo trimestre do ano, ante R$ 238 bilhões no 2T22 e R$ 265 bilhões no 2T21.

Do total captado no 2T23, R$ 115 bilhões foram em renda fixa, R$ 14 bilhões em renda variável e R$ 25 bilhões híbrido. Na renda fixa, houve queda de 41% na comparação anual, justificada pela queda em 41% na emissão de debêntures (principal instrumento do segmento). A renda variável manteve a tendência de baixa já visto em 2022, queda de 55% nas emissões primárias, para R$ 8 bilhões, de R$ 18 bilhões no 2T22, enquanto as distribuições secundárias (follow-ons) tiveram alta, de R$ 1 bilhão no 2T22, para R$ 5 bilhões no 2T23.

Na avalição do volume mensal de emissões, é possível observar breve retomada das captações em renda fixa em junho, para R$ 36 bilhões, de R$ 17 bilhões em maio, R$ 11 bilhões em abril, R$ 18 bilhões em março, R$ 12 bilhões em fevereiro e R$ 21 bilhões em janeiro, diz o estudo.

No mercado secundário, o estudo também aponta uma desaceleração contínua das captações observadas por fundos de investimento no início de 2022, com a saída líquida de R$ 205 bilhões no acumulado de janeiro a junho de 2023, ante entrada líquida de R$ 46 bilhões no primeiro semestre de 2022.

Os maiores saques líquidos foram registrados, principalmente, em fundos de renda fixa, de R$ 110 bilhões, ante aporte de R$ 102 bilhões no mesmo período de 2022.