Mercado de computação chegará a US$ 2 tri em 10 anos, diz presidente da Huawei

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Por Olívia Bulla

Xangai – A inteligência computacional tem potencial de tornar a indústria do setor um mercado de US$ 2 trilhões em dez anos. “Há um oceano de oportunidades potenciais apenas esperando para ficar digital”, disse o presidente da Huawei, Ken Hu, no evento Huawei Connect.

Segundo ele, a diversidade da inteligência computacional permite que o mundo inteiro esteja conectado. “Conectividade e computação são os dois fatores-chaves da tecnologia”, disse, na abertura do evento, com a presença de jornalistas e parceiros de várias partes do mundo.

Para Hu, as pessoas e os computadores estão mais próximos do que nunca. “Os computadores se tornaram uma extensão dos seres humanos e vemos um caminho no futuro para alcançar mais”, prevê.

Para o executivo, na era da inteligência computacional, a computação estará em toda a parte. Pensando nisso, a Huawei definiu quatro pilares estratégicos, baseados em um modelo de colaboração.

“Através de investimentos em inovação, processadores e desenvolvedores, a Huawei quer conectar toda a cadeia da indústria e criar um ecossistema de confiança, formando parcerias, com aplicações piloto e de incubadoras, e cultivando talentos”, explicou Hu.

Nessa era de ouro da indústria, a resposta para muitas preocupações pode estar no espaço. “Vamos explorar o desconhecido, estudando a gravidade a partir do fundamento, desde o nascimento das estrelas e das galáxias”, afirmou o diretor-geral do projeto SKA (Square Kilometre Array) da Huawei, Philip Diamond.

Segundo ele, o SKA é um plano ambicioso com um objetivo comum entre 30 países de vários continentes. “O alvo é captar uma grande imensidão de dados, com potencial para o aprendizado das máquinas”, explicou, referindo-se ao impacto dessas descobertas na Internet das Coisas (IoT) e na robotização nos próximos anos.

TECNOLOGIA 5 G

O executivo reconheceu as preocupações sobre segurança cibernética, mas afirmou que o desenvolvimento da tecnologia 5G será capaz de atenuar essas dúvidas. “O primeiro ponto é garantir que a tecnologia que a Huawei oferece é segura”, disse Hu.

Em maio deste ano o governo dos Estados Unidos colocou a Huawei numa lista de empresas que operam com restrições no país, argumentando que a companhia chinesa é um risco à segurança nacional. De lá para cá, alguns dos limites aplicados pela Casa Branca à Huawei foram suavizados, mas a disputa entre ela e o governo norte-americano entrou na pauta da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Hu avalia que a tecnologia 5G está progredindo no mundo e trazendo mais competição à cadeia de suprimentos. Segundo ele, a inteligência artificial pode ajudar no desenvolvimento da sociedade, através da conectividade e da computação. “Os dados são a base para o mundo da inteligência artificial”, afirmou.

Segundo o executivo, a indústria de computação atingiu um ponto de inflexão em que as oportunidades se apresentam. “Ainda há dificuldades e tudo isso são oportunidades para a Huawei”, avaliou.

Edição: Gustavo Nicoletta

*A jornalista viajou para o evento Huawei Connect a convite da empresa.