Por: Flávya Pereira e Olívia Bulla
São Paulo – O mercado financeiro elevou pela sexta semana seguida a estimativa para a taxa de câmbio ao fim deste ano, de R$ 3,90 para R$ 3,95, de R$ 3,80 há quatro semanas, segundo informações do relatório Focus do Banco Central.
Para 2020, a previsão foi mantida em R$ 3,90, de R$ 3,81 quatro semanas antes, mesma previsão para 2021, mantida em R$ 3,90, de R$ 3,85 um mês atrás. Já para 2022, a previsão para a cotação do dólar em relação ao real oscilou em alta de R$ 3,95 para R$ 3,96.
Apesar da valorização do dólar neste ano, o mercado financeiro manteve a previsão para a taxa básica de juros em 2019 em 5,00% pela sexta semana seguida. A projeção indica uma queda adicional de 0,50 ponto percentual (pp) na Selic até o fim deste ano, considerando-se o nível atual de 5,50%, após o segundo corte consecutivo promovido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada.
Para 2020, os economistas mantiveram a previsão para a Selic em 5,00%, de 5,25% há um mês, o que indica manutenção da política monetária no decorrer do próximo ano. Já para 2021, o mercado interrompeu nove semanas seguidas de estabilidade na projeção e prevê a Selic em 6,75% daqui a dois anos, de 7,00% antes. Por fim, para 2022, a previsão de 7,00% foi mantida pela nona semana seguida.
Essa projeção para o juro básico está ancorada na estimativa de um cenário benigno para a inflação. A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 caiu pela sétima vez consecutiva, de 3,45% para 3,44%, de 3,65% há um mês.
Já para 2020, a previsão foi mantida em 3,80%, de 3,85% há quatro semanas, ao passo que para 2021 seguiu em 3,75% pela quadragésima primeira semana. Para 2022, a previsão ficou em 3,50% pela oitava vez.
Por fim, os economistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram a estimativa para o crescimento da economia brasileira em 2019 em 0,87% pela terceira vez seguida, de 0,80% quatro semanas atrás, segundo o relatório de mercado Focus.
Para 2020, a previsão de crescimento econômico doméstico também ficou estável, em 2,00%, de 2,10% há um mês. Para os próximos anos, as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) seguiram em 2,50%, cada, sendo mantida neste nível há 132 semanas e há 74 semanas, respectivamente.