São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram a previsão de alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano pela décima sexta semana seguida, passando de +3,45% para +3,54%, de +3,02% há um mês, segundo o relatório de mercado Focus, do BC.
Para 2021, a estimativa subiu pela sexta vez, indo de 3,40% para 3,47%, enquanto para 2022 e 2023, as projeções foram mantidas, em +3,50% e +3,25%, respectivamente, há 70 e 20 semanas. Já a previsão para os próximos 12 meses passou de 3,80% para 3,86%, de 3,52% quatro semanas antes.
Outro destaque do Focus foi a previsão para a taxa de câmbio ao fim deste ano, revisada para baixo pela terceira semana seguida, passando de R$ 5,38 para R$ 5,36, de R$ 5,45 há um mês. Enquanto para 2021 e 2022, as projeções foram mantidas em R$ 5,20 e em R$ 5,00, respectivamente, pela quinta vez. Já para 2023, a cotação do dólar em relação ao real subiu pela segunda semana, de R$ 4,94 para R$ 4,97, de R$ 4,94 há um mês.
Em relação à economia, o mercado financeiro segue com a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país, porém, melhorou a expectativa pela quarta semana consecutiva, passando de -4,55% para -4,50%. Há um mês, a previsão era de queda de 4,81%. Para 2021, a previsão de crescimento econômico subiu de 3,40% para 3,45%, de 3,34% quatro semanas antes. Já para os anos seguintes, a previsão foi mantida em 2,50% para 2022 e 2023, pelas 136 e há 91 semanas, respectivamente.
Por fim, os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) neste ano em 2,00%, pela vigésima segunda vez, mantendo o nível da taxa atual até dezembro. Para os anos seguintes, a taxa foi mantida em 3,00% em 2021; em 4,50% em 2022 pela décima quarta vez e em 6,00% em 2023 pela quinta semana.
BALANÇA COMERCIAL
Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2020, de US$ 57,73 bilhões para US$ 57,90 bilhões. Para os demais anos, as estimativas de saldo positivo também subiram, indo de US$ 55,10 bilhões para US$ 56,50 bilhões em 2021; de US$ 49 bilhões para US$ 50 bilhões em 2022 e de US$ 41,25 bilhões para US$ 45 bilhões em 2023.
Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2020 passou de déficit de US$ 3,80 bilhões para -US$ 3,25 bilhões; para 2021 foi de -US$ 18,50 bilhões para -US$ 17,40 bilhões, enquanto para 2022 e 2023 permaneceram estáveis em -US$ 25,50 bilhões e -US$ 32,00 bilhões, respectivamente.
Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), permaneceu estável para este e os próximos anos. Conforme o relatório de mercado Focus, a projeção para 2020 ficou em US$ 45 bilhões; para 2021, em US$ 60 bilhões; para 2022, a estimativa referente ao aporte de capital estrangeiro no setor produtivo seguiu em US$ 70 bilhões, enquanto para 2023, em US$ 77,50 bilhões.