São Paulo, 28 de setembro de 2020 – Os economistas ouvidos pelo Banco Central continuam com expectativa de melhora em relação ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país ao fim deste ano, no qual o mercado projeta retração de 5,04% da economia brasileira, de -5,05% antes, na terceira semana seguida de alta na projeção. Há um mês, a previsão era de queda de 5,28%, segundo o relatório de mercado Focus, do Banco Central.
Para os demais anos, o mercado financeiro manteve as estimativas e prevê uma arrancada da atividade econômica, com previsão de alta do PIB em 2021 a 3,50% pela décima oitava semana seguida. Ao passo que as projeções de crescimento de 2,50% em 2022 e em 2023, cada, seguem inalteradas há 127 e há 82 semanas, respectivamente.
Outro destaque no documento do BC foi a inflação, no qual o mercado prevê alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, passando de 1,99% para 2,05%, na sétima alta seguida. Já para os demais anos, as estimativas de alta foram mantidas, sendo para 2021 em 3,01%, de 3,00% há um mês. Enquanto as projeções para 2022 seguiu em +3,50%, há 61 semanas, e em +3,25% em 2023 há 11 semanas. Para os próximos 12 meses, a projeção passou de 3,17% para 3,24%, na terceira alta seguida, de 3,00% quatro semanas atrás.
Em relação à Selic, os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros neste ano em 2,00%, pela décima terceira semana consecutiva, o que indica manutenção da Selic até dezembro. Para 2021, a estimativa seguiu em 2,50%, de 2,88% quatro semanas atrás. Enquanto para 2022, a projeção foi mantida em 4,50% pela quinta vez, de 4,50% há um mês. Já para 2023, o mercado financeiro revisou para baixo a estimativa para a Selic, de 5,63% para 5,50%, de 5,75% há um mês.
As previsões para a taxa de câmbio também foram mantidas, ficando em R$ 5,25 ao fim deste ano pela quarta semana, enquanto para 2021, a cotação do dólar em relação ao real foi mantida em R$ 5,00, há 11 semanas. Para 2022, o mercado seguiu com a previsão de alta do dólar a R$ 4,90 pela quarta vez seguida. Por fim, em 2023, a projeção para o câmbio passou de R$ 4,90 para R$ 4,85, voltando ao patamar de um mês atrás, ainda conforme o relatório Focus do Banco Central.