São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano pela sétima vez seguida e preveem, agora, uma queda da economia brasileira. Segundo o relatório de mercado Focus, a previsão para o PIB em 2020 passou de alta de 1,48% para queda de 0,48%. Há um mês, a projeção era de crescimento econômico de 2,17% neste ano.
Já para os demais anos, o mercado financeiro prevê uma arrancada da atividade econômica, com a previsão de alta do PIB permanecendo estável em 2,50%, estimativas mantidas há 159 semanas para 2021; 101 semanas para 2022 e há 56 semanas para 2023.
Diante desse cenário de crescimento fraco, os economistas revisaram para baixo a previsão para a taxa básica de juros ao final de 2020, indo a 3,50%, de 3,75%, nível atual, ainda segundo o relatório Focus, do BC. Para 2021, a projeção também foi revisada para baixo, de 5,25% para 5,00%, enquanto a previsão para os demais anos foi mantida pela segunda semana seguida, sendo em 6,00% ao final de 2022, e 6,25% para o fim de 2023.
Esse cenário de juros baixos é amparado na perspectiva de inflação benigna. Segundo os economistas ouvidos pelo BC, no relatório de mercado Focus, a previsão para a inflação oficial medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano caiu pela terceira semana seguida, de 3,04% para 2,94%. Há um mês, a previsão era de 3,19%.
Para os demais anos, a previsão para o IPCA em 2021 caiu a 3,57%, de 3,60% na semana passada, também na terceira revisão consecutiva, mas segue em 3,50% para 2022 e 2023, cada, há 35 e 36 semanas, respectivamente.
Apesar da perspectiva de preços baixos, o mercado financeiro prevê um dólar valorizado em 2020, com a estimativa permanecendo em R$ 4,50 neste ano, de R$ 4,20 há quatro semanas. Para 2021, a projeção subiu pela segunda semana seguida, de R$ 4,29 para R$ 4,30, de R$ 4,15 um mês antes, enquanto estimativa para a cotação do dólar em relação ao real para 2022 foi revisada para cima pela sexta vez consecutiva, de R$ 4,23 para R$ 4,24, de R$ 4,15 há quatro semanas. Já para 2023, a previsão para o câmbio foi mantida em R$ 4,30, de R$ 4,17 um mês atrás.
