Mercado prevê inflação na meta até 2023, mas com juro mais alto

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São Paulo, 25 de janeiro de 2021 – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final deste ano pela terceira vez seguida, passando de 3,43% para 3,50%. Há um mês, a projeção era de +3,34%. Para 2022 e 2023, as projeções foram mantidas, em +3,50% e +3,25%, respectivamente, há 78 e 28 semanas. Já para 2024, a projeção para o IPCA subiu de 3,22% para 3,25%. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

No que se refere à taxa básica de juros, a projeção para a Selic ao final deste ano subiu de 3,25% para 3,50%, de 3,13% há quatro semanas. Para 2022 também houve revisão da estimativa, passando de 4,75% para 5,00%, de 4,50% um mês atrás, enquanto para 2023 e 2024 a previsão para o juro básico foi mantida em 6,00%, cada, há 13 e 45 semanas, nesta ordem.

Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela terceira semana seguida, de 3,45% para 3,49%, voltando à estimativa de um mês atrás. Para os demais anos, de 2022 a 2024, a previsão de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 144, 99 e 46 semanas, respectivamente.

Já a projeção para a taxa de câmbio ao final de 2021 permaneceu em R$ 5,00 pela quinta semana consecutiva, enquanto em 2022 avançou de R$ 4,90 para R$ 5,00, após duas semanas de estabilidade, de R$ 4,95 há um mês. Para 2023, a cotação do dólar em relação ao real oscilou em alta de R$ 4,89 para R$ 4,90, de R$ 4,87 um mês atrás. Por fim, para 2024, o mercado elevou a projeção para o câmbio, de R$ 4,96 para R$ 4,98, na segunda revisão seguida.

Em relação às contas externas, os economistas consultados pelo BC mantiveram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 em US$ 55 bilhões pela segunda vez seguida. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo caiu de US$ 50 bilhões para US$ 49,30 bilhões, enquanto para 2023 subiu de US$ 41,85 bilhões para US$ 44,35 bilhões. Para 2024, a previsão de superávit comercial cresceu de US$ 35 bilhões para US$ 41 bilhões.

Para o saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de déficit de US$ 19,41 bilhões para -US$ 19,95 bilhões; para 2022 foi de -US$ 29,55 bilhões para -US$ 29,10 bilhões; para 2023, passou de -US$ 32,19 bilhões para -US$ 33,60 bilhões, voltando ao nível de um mês atrás, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes oscilou de -US$ 40,05 bilhões para -US$ 40,00 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi mantida em USS$ 60 bilhões para 2021 e em US$ 70 bilhões para 2022, pela décima e décima primeira semanas consecutivas, respectivamente. Já para 2023, a previsão de aportes estrangeiros no setor produtivo subiu de US$ 75 bilhões para US$ 80 bilhões, após quatro semanas de estabilidade, enquanto para 2024 avançou de US$ 82,50 bilhões para US$ 85 bilhões, no mesmo nível de quatro semanas antes.