Por: Flávya Pereira e Olívia Bulla
São Paulo – O mercado financeiro reduziu a previsão para a taxa básica de juros em 2019 de 4,75% para 4,50%, de 5,00% há quatro semanas, segundo o relatório Focus, do Banco Central. A projeção indica uma queda adicional de 1 ponto percentual (pp) na Selic até o fim deste ano, considerando-se o nível atual de 5,50%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) ainda tem mais duas reuniões agendadas em 2019, na semana que vem e em dezembro. Ainda no relatório Focus, os economistas mantiveram a previsão para o juro básico em 2020 em 4,75%, o que indica um ligeiro aperto monetário no próximo ano, considerando-se a estimativa no Focus para a Selic ao final deste ano.
Para 2021, a previsão seguiu em 6,50% pela terceira vez, enquanto para 2022 permaneceu em 7,00% pela décima terceira semana seguida.
Apesar da taxa básica de juros ainda menor neste ano, o mercado financeiro manteve a estimativa para a taxa de câmbio ao final de 2019 em R$ 4,00 pela terceira vez seguida, de R$ 3,95 há quatro semanas, segundo o relatório Focus do BC.
Já para 2020, a previsão subiu de R$ 3,95 para R$ 4,00, de R$ 3,90 um mês atrás, enquanto para 2021 e 2022, a previsão para a cotação do dólar em relação ao real foi mantida, em R$ 3,95 e em R$ 4,00, respectivamente.
Diante desse cenário de juros baixos e dólar comportado, a projeção dos economistas ouvidos pelo BC no relatório de mercado Focus para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 caiu pela décima primeira vez consecutiva, de 3,28% para 3,26%, de 3,44% há um mês.
Para 2020, a previsão recuou pela quarta semana seguida, de 3,73% para 3,66%, de 3,80% quatro semanas atrás, ao passo que para 2021 seguiu em 3,75% pela quadragésima quinta semana seguida. Para 2022, a previsão ficou em 3,50% pela décima segunda vez.
Por fim, os economistas ouvidos pelo Banco Central ajustaram para cima a estimativa do crescimento da economia brasileira em 2019, de 0,87% para 0,88%, segundo o relatório de mercado Focus. Já para os próximos anos, a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida, seguindo em 2% em 2020, pela quinta vez, e em 2,50% em 2021 e em 2022, cada, níveis mantidos há 136 e 78 semanas, respectivamente.