São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central continuam com expectativa de melhora em relação ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do país ao fim deste ano, no qual o mercado projeta retração de 5,02% da economia brasileira, de -5,04% antes, na quarta semana seguida de alta na projeção. Há um mês, a previsão era de queda de 5,31%, segundo o relatório de mercado Focus, do Banco Central.
Para os demais anos, o mercado financeiro manteve as estimativas e prevê uma arrancada da atividade econômica, com previsão de alta do PIB em 2021 a 3,50% pela décima nona semana seguida. Ao passo que as projeções de crescimento de 2,50% em 2022 e em 2023, cada, seguem inalteradas há 128 e há 83 semanas, respectivamente.
Outro destaque no documento do BC foi a inflação, no qual o mercado prevê alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, passando de 2,05% para 2,12%, na oitava alta seguida. Já para 2021, a projeção teve ligeira queda de 3,01% para 3,00%.
Enquanto as projeções para 2022 seguiu em +3,50%, há 62 semanas, e em +3,25% em 2023 há 12 semanas. Para os próximos 12 meses, a projeção se manteve em 3,24%, após três altas seguidas, de 3,00% quatro semanas atrás.
Em relação à Selic, os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros neste ano em 2,00%, pela décima quarta semana consecutiva, o que indica manutenção da Selic até dezembro. Para 2021, a estimativa seguiu em 2,50% pela terceira vez, de 2,88% quatro semanas atrás. Enquanto para 2022, a projeção foi mantida em 4,50% pela sexta semana consecutiva, de 4,50% há um mês. Já para 2023, o mercado financeiro manteve a estimativa para a Selic em 5,50%, de 5,75% há um mês.
As previsões para a taxa de câmbio também foram mantidas, ficando em R$ 5,25 ao fim deste ano pela quinta semana, enquanto para 2021, a cotação do dólar em relação ao real foi mantida em R$ 5,00, há 12 semanas. Para 2022, o mercado seguiu com a previsão de dólar a R$ 4,90, pela quinta vez seguida. Por fim, em 2023, a projeção para o câmbio passou de R$ 4,85 para R$ 4,80, na segunda semana de queda, de R$ 4,85 um mês atrás, ainda conforme o relatório Focus do Banco Central.
BALANÇA COMERCIAL
Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão de superávit da balança comercial brasileira em 2020 de US$ 55,15 bilhões para US$ 57,49 bilhões. Para 2021, a estimativa subiu de US$ 53,31 bilhões para US$ 55 bilhões, enquanto para 2022 foi de US$ 44,83 bilhões para US$ 50 bilhões, ambos na segunda revisão seguida para cima. Já para 2023, a previsão do saldo comercial positivo caiu de US$ 41,00 bilhões para US$ 39,25 bilhões.
Em relação à conta corrente, a estimativa de déficit para 2020 passou de -US$ 7,20 bilhões para -US$ 6,81 bilhões; para 2021 foi de -US$ 19,45 bilhões para -US$ 17,00 bilhões, enquanto para 2022 oscilou de -US$ 25,80 bilhões para -US$ 26,00 bilhões. Já para 2023, a previsão de déficit das transações correntes passou de -US$ 48,80 bilhões para -US$ 40,20 bilhões.
Por fim, em relação ao Investimento Direto no País (IDP), a projeção para 2020 caiu de US$ 55,00 bilhões para US$ 51,26 bilhões e recuou de US$ 69,95 bilhões para US$ 65,00 bilhões em 2021, após quatro altas consecutivas.
Já para 2022, a previsão de IDP cedeu de US$ 80 bilhões para US$ 74,50 bilhões, enquanto para 2023 passou de US$ 80 bilhões para US$ 75 bilhões.