Mercado vê juro básico menor até 2022, mostra BC

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Por: Flávya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O mercado financeiro manteve a previsão para a taxa básica de juros em 2019 em 4,50%, de 4,75% há quatro semanas, segundo o relatório Focus, do Banco Central. A projeção indica uma queda adicional de 1 ponto percentual (pp) na Selic até o fim deste ano, considerando-se o nível atual de 5,50%. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorre nesta terça e quarta-feira.

Para 2020, os economistas reduziram a previsão, de 4,75% para 4,50%, o que indica manutenção da política monetária ao longo de todo o próximo ano, considerando-se a estimativa no Focus para a Selic ao final deste ano. Para 2021, a previsão caiu de 6,50% para 6,38%, após três semanas de estabilidade, enquanto para 2022 interrompeu 13 semanas de estabilidade e caiu de 7,00% para 6,50%.

Esse cenário para o juro básico reflete a estimativa para a inflação bem comportada. A projeção dos economistas ouvidos pelo BC para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 interrompeu 11 semanas seguidas de revisão para baixo e subiu, de 3,26% para 3,29%, de 3,43% há um mês.

Para todo o ano de 2020, a previsão recuou pela quinta semana seguida, de 3,66% para 3,60%, de 3,79% quatro semanas atrás, ao passo que para 2021 seguiu em 3,75% pela quadragésima sexta semana seguida. Para 2022, a previsão ficou em 3,50% pela décima terceira vez.

O cenário benigno para a inflação, por sua vez, reflete a menor pressão vinda do câmbio no comportamento dos preços domésticos. O mercado financeiro manteve a projeção para a taxa de câmbio ao fim deste ano em R$ 4,00 pela quarta vez seguida, segundo o relatório Focus. As estimativas para os anos seguintes também foram mantidas.

Em 2020, a projeção seguiu em R$ 4,00, de R$ 3,91 um mês atrás. Enquanto para 2021 e 2022 seguiu em R$ 3,95, de R$ 3,92 quatro semanas antes, e em R$ 4,00, respectivamente, na quarta semana seguida.

Por fim, os economistas ouvidos pelo Banco Central ajustaram para cima a estimativa do crescimento da economia brasileira em 2019 pela segunda semana consecutiva, de 0,88% para 0,91%. Já para os próximos anos, a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida, seguindo em 2% em 2020, pela sexta vez, e em 2,50% em 2021 e em 2022, cada, níveis mantidos há 137 e 79 semanas, respectivamente.