Mesmo que protestos terminem hoje, há risco de desabastecimento nos supermercados, diz Abras

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São Paulo – A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) disse que mesmo que os protestos terminem hoje, há risco de desabastecimento ou problemas de abastecimento de algumas categorias de produtos, em pronunciamento à jornalistas, em decorrência dos protestos antidemocráticos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, em razão da sua derrota nas eleições.

O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, também disse que houve maior fluxo de clientes nesta terça-feira, o que também pode gerar desabastecimento.

Segundo a associação, mais de 70% das lojas das regiões mais afetadas – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Pará – estão relatando falta de abastecimento, especialmente de frios, legumes e verduras, carnes, laticínios e padaria.

“Caso os protestos terminem, pode demorar de dois a três dias para que a logística seja normalizada. A preocupação está nos produtos perecíveis”, explicou o porta-voz.

A Abras disse que segue monitorando os bloqueios e o movimento nas lojas para identificar necessidades especiais de abastecimento.

“Estamos pedindo para que as equipes dos supermercados dediquem mais tempo a essa questão do abastecimento das gôndolas e nos comuniquem e fiquem atentas às nossas orientações”, disse Milan.

A entidade também está contato com autoridades governamentais – como o Ministério da Agricultura, que detém informações sobre o setor produtivo e a Polícia Rodoviária para saber a situação dos bloqueios – para potencial apoio às questões relacionadas ao desabastecimento.