São Paulo – A presidente da unidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Loretta Mester, disse que apoia o início da redução das compras de ativos em novembro, e que as condições por uma alta na taxa de juros devem ser alcançadas no ano que vem.
Em texto preparado para discurso, Mester destacou as orientações de dezembro do Fed de que as compras de ativos não seriam reduzidas até que houvesse um progresso substancial em direção as metas de emprego máximo e estabilidade de preços, com meta de inflação de 2%.
“A meu ver, a economia tem atendido a essas condições e apoio começar a desacelerar nossas compras em novembro e concluí-las no primeiro semestre do ano que vem”, disse ela, citando que o funcionamento do mercado foi restaurado e uma recuperação sólida está em andamento.
Segundo ela, a meta de inflação foi alcançada, porém a economia está um pouco distante do emprego máximo. “Mas, à medida que a recuperação continua, os mercados de trabalho continuarão melhorando, e espero que as condições para o aumento da taxa de juros sejam atendidas até o final do próximo ano”.
Mester disse ainda que, nos últimos meses, a variante Delta do novo coronavírus levou a um aumento acentuado de novos casos, o irá moderar os gastos do consumidor e o crescimento ao longo do segundo semestre do ano. “Mas não espero que leve a paralisações generalizadas da atividade econômica ou atrapalhe a recuperação”.
Ainda assim, ela prevê crescimento econômico em torno de 5,5% nos Estados Unidos este ano. “No próximo ano, prevejo que os fatores contrários causados pelas restrições de oferta começarão a diminuir e a recuperação se ampliará”, concluiu.
Na última quarta-feira, o Fed manteve a taxa de juros na faixa entre zero e 0,25% ao ano e as compra de ativos em US$ 120 bilhões mensais, e disse que a economia vem progredindo em direção a suas metas e, portanto, deve moderar o ritmo das compras em breve.