Por Cristiana Euclydes
São Paulo – A ministra do Trabalho e Pensões do Reino Unido, Amber Rudd, renunciou por discordar da forma com que o primeiro-ministro Boris Johnson está conduzindo o processo do Brexit, bem como a expulsão de colegas do Partido Conservador. Johnson nomeou Thérèse Coffey para ocupar o cargo.
“Eu me juntei ao gabinete de boa fé, aceitando que uma saída sem acordo deveria estar em cima da mesa”, afirmou Rudd, sem sua carta de renúncia enviada ao premiê no final de semana. “No entanto, não acredito mais que sair com um acordo seja o principal objetivo do governo”, disse.
“O governo está gastando muita energia em se preparara para um Brexit sem acordo mas eu não tenho visto o mesmo nível de intensidade indo para negociações com a União Europeia”, afirmou.
Ela criticou ainda a decisão de expulsar colegas “leais e parlamentares moderados” do Partido Conservador por terem apoiado uma proposta de lei da oposição, do Partido Trabalhista, para impedir um Brexit sem acordo no dia 31 de outubro.
A saída de Rudd é a segunda baixa no governo do premiê britânico. Na quinta-feira passada, Jo Johnson, irmão de Boris Johnson, renunciou aos cargos de deputado e de ministro de Estado para Universidades e Ciência, citando divergências entre a lealdade familiar e o interesse nacional.