São Paulo – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, convocou, ainda, o presidente da Enel Brasil à sede da pasta, em Brasília, para que preste maiores esclarecimentos sobre o apagão de energia que ocorreu no centro da capital paulista na noite de ontem (18).
Silveira disse que “atuou de maneira rápida e enérgica a respeito da nova ocorrência de interrupção de energia elétrica ocorrida nesta segunda-feira (18/3), no município de São Paulo, causando prejuízo a cerca de 35 mil moradores, afetando hospitais, comércio e outras atividades.”
O ministro disse que “encaminhou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), incumbida pela fiscalização dos serviços prestados pela concessionária Enel, determinando célere e rígida apuração dos fatos, bem como responsabilização e punição rigorosa da concessionária, que tem de forma reiterada apresentado problemas na qualidade da prestação dos serviços.”
“A interrupção nesta segunda-feira, se soma a diversas outras falhas na prestação dos serviços de energia elétrica pela concessionária Enel SP, que tem demonstrado incapacidade de prestação dos serviços de qualidade à população.”
“A concessionária Enel tem obrigações estabelecidas no seu contrato de concessão, devendo manter índices de qualidade no atendimento aos consumidores e disponibilização de meios para regularização do fornecimento em caso de falhas, dentro de padrões adequados, para um serviço público essencial à vida das pessoas. É urgente a comprovação de que a empresa seja capaz de continuar atuando em suas concessões no Brasil”, disse o ministério, em nota.
APAGÃO
A concessionária de energia Enel e a Sabesp, estatal paulista de saneamento, apresentaram versões diferentes para o apagão que atingiu parte do centro da cidade de São Paulo nesta segunda (18), segundo informações divulgadas na imprensa.
A Enel atribuiu a falta de energia em bairros da região central à uma escavação realizada pela Sabesp na região central, que teria atingido acidentalmente cabos da rede subterrânea da distribuidora.
Já a Sabesp teria afirmado que ainda investiga a situação, mas que até agora não achou indícios que a obra tenha danificado a fiação. “Antes de iniciar a obra, como é de praxe, a Sabesp fez uma sondagem de todas as redes que passam no local. Por este motivo, a escavação no local foi feita manualmente, a partir das 11h, sem movimentação na fiação. Quando tomou conhecimento do ocorrido, a Sabesp mobilizou
imediatamente equipes, que não identificaram relação com o trabalho da companhia”, comentou a
Sabesp.
A Agência CMA entrou em contato com a Enel e atualizará a notícia caso receba novas informações.