São Paulo – A agência de classificação de risco Moodys avaliou como negativa a decisão do governo federal de indicar o general Joaquim Silva e Luna para substituir o presidente da estatal, Roberto Castello Branco e sinalizar mais interferências na estatal.
“O evento é crédito negativo para a Petrobras porque evidencia a contínua interferência política nas decisões de negócios da Petrobras, por muitos anos. O petróleo bruto, que é uma matéria-prima primária para a produção de combustível, teve aumento nos preços preço de 35% até agora em 2021 devido ao aumento da demanda e ao atraso na oferta, especialmente nos EUA”, disse a agência.
A Moody’s também cita que a troca na presidência poderá desencadear mudanças no conselho de administração da Petrobras, o que pode prejudicar o trabalho executivo da estatal, que prevê reduzir sua dívida de US$ 80 bilhões para US$ 60 bilhões até o final de 2022.
“A empresa tem vendido ativos, incluindo refinarias, para ajudar a reduzir alavancagem financeira. Acreditamos que o processo de venda das refinarias será atrasado, mas não completamente interrompido devido à natureza de longo prazo das aquisições e porque o risco de interferência do governo nos preços dos combustíveis no Brasil manteve-se inalterado”, explicou a agência.