Por Gustavo Nicoletta
São Paulo – A agência de classificação de risco Moody’s elevou a perspectiva da Vale de negativa para estável, citando como justificativa a maior previsibilidade em relação às despesas que a empresa terá de suportar em função do rompimento da barragem em Brumadinho. A nota de crédito da companhia foi mantida em ‘Ba1’.
“A Vale provisionou um total de US$ 6 bilhões no primeiro semestre de
2019, o que engloba ações para a recuperação ambiental socioeconômica das áreas afetadas e será desembolsado principalmente nos anos de 2019 a 2021. Como a empresa continua a gerar fluxo de caixa livre, não esperamos nenhum impacto significativo na liquidez ou alavancagem”, disse a Moody’s.
“O retorno gradual das operações que foram suspensas após o acidente
também foi considerado para a perspectiva estável. Dos 93 milhões de
toneladas perdidas ou suspensas após o acidente, cerca de 42 milhões de
toneladas retornaram, 20 milhões de toneladas podem retornar gradualmente no final de 2019 ou início de 2020 e os 30 milhões de toneladas restantes relacionados ao descomissionamento de barragens retornarão em dois a três anos”, acrescentou a agência.