Brasília – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu para visitação a sala de totalização dos votos na sede da Corte em Brasília. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, fez questão de mostrar que a sala não é secreta nem escura, como costuma dizer o presidente Jair Bolsonaro, ao atacar o processo eleitoral brasileiro.
“É uma sala, como vocês podem ver, aberta, clara. Não é nem sala secreta e nem escura”, disse Moraes, após a vistoria à Seção de Totalização (SETOT), área ligada à Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do TSE.
Estavam na visita o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e representantes do União Brasil e da coligação Brasil da Esperança, que apoia a candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros.
Além dessas autoridades, o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, representantes da Controladoria Geral da União (CGU) e integrantes de comitivas de Missões de Observação Eleitorais (MOEs). Eles foram recebidos por Moraes e pelo secretário da STI, Julio Valente. O convite do TSE incluiu os candidatos a presidente e vice-presidente da República, que não compareceram.
O presidente do TSE disse que a abertura da sala de totalização é uma demonstração de transparência da Justiça Eleitoral, que atua com lealdade para com todos aqueles que participam do processo eleitoral. “Esta visitação mostra que o TSE é absolutamente aberto, transparente a todas as instituições fiscalizadoras”, afirmou.
O espaço, onde trabalham os servidores da Justiça Eleitoral que acompanham a totalização do resultado das eleições, no próximo domingo, estará disponível, a partir das 16h30, às entidades fiscalizadoras, aos partidos políticos, à OAB e ao Ministério Público Eleitoral para acompanhamento da apuração dos resultados do pleito.
Durante a visita, o TSE apresentou as instalações da sala de totalização, mostrando que é um ambiente de trabalho convencional, com computadores distribuídos em baias e acesso livre aos representantes das instituições fiscalizadoras, como Ministério Público, OAB, Polícia Federal, partidos políticos, Forças Armadas e observadores internacionais. O espaço reúne diversas áreas da Secretaria de Tecnologia da Informação do Tribunal – administrativa, infraestrutura e totalização.
Segundo Moraes, a equipe do TSE faz, a partir da sala, somente o acompanhamento do processo para evitar qualquer problema na rede ou sobrecarga. “É importante esclarecer que essa sala não conta votos. Não é contagem manual de votos”, afirmou.
“A partir do momento em que cada urna eletrônica é finalizada, já sai o boletim de urna (BU) com os votos [nela registrados]. Isso entra no sistema, que faz a totalização a partir do programa que nós mesmos lacramos no dia 2 de setembro. Ou seja, não há participação humana nisso”, completou.
Com informações da Secretaria de Comunicação e Multimídia do TSE