MP nunca foi tratada com o presidente da Âmbar Energia, diz Silveira

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O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira | Foto: Tauan Alencar

O ministro das Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, foi entrevistado no programa Em Ponto, da GloboNews, falou sobre os encontros que teria tido fora da agenda oficial com executivos da Âmbar Energia, que pertence à holding J&F, e que teria tido negócios beneficiados com uma Medida Provisória relacionada à Amazonas Energia.

Silveira disse que a MP nunca foi tratada com o presidente da Âmbar Energia, Mário Zanatta, e que ele trabalha em conjunto com os órgãos de controle do governo brasileiro, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público.

“Tive dois encontros com o Mário Zanatta antes da edição da MP. Um quando tomei posse, no primeiro mês da minha gestão, na verdade nem foi encontro oficial. A outra, no dia 21 desse mês, quando ele foi assinar o PCS (leilão emergencial de térmicas). Portanto, há contradições nessas informações divulgadas”, afirmou.

O ministro disse que as bases da MP já estavam prontas e divulgadas de forma pública em fevereiro, já com um diagnóstico que informava a necessidade de medidas legislativas para endereçar o problema econômico da distribuidora Amazonas Energia, que foi privatizada em 2018 e que o atual controlador, a Oliveira Energia, não conseguiu reverter os problemas econômicos e financeiros da empresa.

Dessa forma, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pediu a caducidade do contrato. Silveira disse que, por conta de dívidas de R$ 9 bilhões não serão repassadas ao consumidor. “Nenhum centavo será repassado ao consumidor”.

Silveira disse que, caso a Eletrobras fosse uma empresa pública, os procedimentos teriam sido diferentes. “Se a Eletrobras fosse uma empresa pública, não estaríamos discutindo passagem de controle da Amazonas Energia, e sim, intervenção da Eletrobras na Amazonas Energia e responsabilização da gestão da empresa. É importante questionar a Eletrobras. A única preocupação do MME é descobrir uma solução para a insustentabilidade apontada pela Aneel que se daria em maio para a Amazonas Energia”.