O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma rápida interação com os jornalistas hoje mais cedo, fez comentários sobre a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que foi divulgada às 8h.
Ao ser perguntado sobre o trecho que a ata fala sobre pressões inflacionárias decorrentes das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, Haddad afirmou que esses efeitos são de curto prazo.
“Eu acredito que tem uma pequena pressão inflacionária em função do que aconteceu no Rio Grande do Sul. Essa é uma inflação que afeta o curto prazo. O horizonte do Banco Central é de médio e longo prazo. Não faz muito sentido levar em consideração o que está acontecendo no Rio Grande do Sul para fins de política monetária, porque o juro de hoje continua afetando o país em 12, 18 meses para a frente, e estamos trabalhando para que esta questão seja superada”.
Ele disse que a ata está aderente ao comunicado publicado logo após a reunião que decidiu manter os juros em 10,5% ao ano, nos dias 18 e 19 de junho. “Não tenho nada de muito diferente do comunicado, o que é bom, e transmite a ideia de que está havendo uma interrupção para avaliar o cenário interno e externo, para que o Copom fique à vontade para tomar decisões a partir de novos dados”.
Ao ser perguntado sobre a chance de subir os juros, no trecho da ata que fala sobre ‘eventuais ajustes’, Haddad reforçou que “eventuais ajustes se forem necessários sempre podem ocorrer. O que é importante frisar é que a diretoria fala em uma interrupção do ciclo”.