Não há evidências que balões abatidos sejam de espionagem da China, diz Biden

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em um pronunciamento ontem (16), afirmou que os três objetos voadores que foram abatidos pelas forças armadas norte-americanas não apresentam indícios de fazerem parte de programas de espionagem da China.

“Ainda não sabemos exatamente o que eram esses três objetos. Mas nada agora sugere que eles estivessem relacionados ao programa de balões espiões da China ou que fossem veículos de vigilância de qualquer outro país”, disse.

Os destroços dos balões ainda estão sendo recuperados, segundo Biden, e que as evidências indicam que sejam itens ligados a empresas privadas, de recreação ou de pesquisa, que estudam o clima.

Ainda assim, a instrução de derrubá-los é para evitar problemas com o tráfego aéreo e visualizar áreas consideradas críticas. “Dei ordem para derrubar esses três objetos devido aos perigos para o tráfego aéreo comercial civil e porque não podíamos descartar o risco de vigilância de instalações sensíveis”.

Biden afirmou que não há mais balões voando no céu como antes, e sim que houve uma melhora na capacidade de visualizá-los. “Agora estamos vendo mais deles, em parte devido às medidas que tomamos para aumentar nossos radares. E temos que continuar adaptando nossa abordagem para lidar com esses desafios”.

O governo norte-americano vem implementando medidas para sofisticar os sistemas de rastreamento de objetos voadores não identificados, e derrubá-los quando forem considerados uma ameaça, “enviando uma mensagem clara: a violação de nossa soberania é inaceitável”.

O presidente norte-americano não descarta estabelecer conversas com a China a respeito dos objetos e que quer estabelecer uma competição, não buscar conflito com o gigante asiático. “Como tenho dito desde o início do meu governo, buscamos a competição, não o conflito, com a China. Não estamos procurando uma nova Guerra Fria. Mas não peço desculpas e vamos competir. E vamos administrar essa competição com responsabilidade para que ela não se transforme em conflito”.