Natura vai avaliar potencial IPO ou cisão da Aesop

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São Paulo – O conselho de administração da Natura &Co autorizou sua diretoria a iniciar um estudo comparativo para a realização de um oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) ou um spin-off da Aesop, marca e negócios de beleza e bem-estar de luxo do conglomerado. Em ambos os casos, os negócios da Aesop continuariam a ser liderados por seu CEO, Sr. Michael O’Keeffe por meio de uma holding a ser listada nos Estados Unidos, que deteria subsidiárias da Aesop.

Segundo o comunicado da Natura, o IPO vem sendo avaliado nos últimos meses como uma alternativa para financiar o crescimento acelerado da Aesop, e a administração da Natura &Co vem tomando os passos necessários para buscar tal alternativa. Essa estratégia também está alinhada com o seu objetivo de dotar as suas marcas e unidades de negócio de maior autonomia e responsabilidade, disse a empresa.

O estudo comparativo irá avaliar outras estruturas alternativas que poderiam desbloquear mais valor para Aesop, Natura &Co e seus acionistas foi aprovado pela companhia nesta segunda-feira. Tais estruturas que, conforme mencionado no Comunicado ao Mercado divulgado em 15 de setembro não havia sido discutido ou avaliado pelo Conselho de Administração até hoje, incluem uma cisão para separar os negócios da Aesop da Natura &Co.

A Aesop é atualmente uma subsidiária da Natura Cosméticos, e qualquer IPO ou cisão só pode ser executado na medida em que for do melhor interesse da Natura &Co e após a conclusão de uma reorganização societária que pode exigir aprovações de acionistas, credores, e reguladores.

A Natura acrescentou que qualquer operação que envolva o desdobramento de parte do investimento detido pelos acionistas da Natura &Co de uma holding constituída fora do Brasil também estariam sujeitos a a anuência da maioria do free float presente em assembleia para aprovar a reorganização societária, conforme exigido pelo regulamento do Novo Mercado da B3.

Uma decisão final sobre as transações alternativas será tomada pelo Conselho de Administração somente após a conclusão do estudo comparativo, disse a Natura.