Navio-plataforma Guanabara atinge capacidade máxima de produção em Mero, de 180 mil bpd em oito meses

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São Paulo – A Petrobras informou que o navio-plataforma Guanabara, instalado no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, alcançou sua capacidade máxima de produção, com a marca de 180 mil barris de petróleo por dia (bpd) em cerca de oito meses desde que a unidade entrou em operação.

As operações do campo unitizado de Mero são conduzidas pelo consórcio operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a Shell Brasil Petróleo Ltda (19,3%), TotalEnergies EP Brasil Ltda (19,3%), CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda (9,65%), CNOOC Petroleum Brasil Ltda (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) (3,5%), como representante da União na área não contratada.

O navio do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) atingiu esse resultado com quatro poços produtores e três injetores de gás, explica a Petrobras, em comunicado.

Segundo a empresa, esta é a primeira plataforma de uma série de quatro unidades definitivas programadas para Mero, cada qual com capacidade de produzir até 180 mil bpd de petróleo.

Esse desempenho é resultado da alta produtividade por poço, da aceleração da curva de aprendizado e da utilização de tecnologias de última geração no campo – como a chamada configuração em loop para os poços injetores de água e gás e a separação de dióxido de carbono (CO2) por membranas.

O resultado evidencia um ramp up (evolução) da produção em ritmo consistente, indicando elevada produtividade do campo e uma estratégia de desenvolvimento acertada, dentro dos mais rigorosos padrões de segurança operacional, afirmou o Diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges.

Redução de emissões de CO2

O FPSO Guanabara incorpora um dos mais robustos programas de Captura, Uso e Armazenamento Geológico de CO2, o chamado CCUS, já que o campo de Mero tem um teor de 45% desse gás, possibilitando a redução das emissões de CO2.

Além disso, o consórcio está desenvolvendo, para aplicação no campo, a tecnologia inédita de separação submarina denominada de HISEP® (High Pressure Separation). Com ela, será possível separar, ainda no leito marinho, o gás produzido rico em CO2, para sua reinjeção no reservatório.

O campo de Mero abriga não só o FPSO Guanabara, como também o FPSO Pioneiro de Libra, que opera o Sistema de Produção Antecipada (SPA 2), produzindo atualmente 50 mil bpd. O SPA 2 é dedicado à avaliação do comportamento da produção do campo. Com as duas unidades em operação, o campo de Mero produz atualmente cerca de 230 mil bpd.

Mero: Terceiro maior campo do país

No segundo semestre deste ano, o consórcio prevê instalar a segunda plataforma definitiva em Mero: o FPSO Sepetiba, também com capacidade de produzir até 180 mil bpd.

Até 2025, a empresa colocará em operação outras duas unidades no campo, totalizando cinco sistemas que, juntos, corresponderão a 770 mil bpd da capacidade instalada no país.

Mero é o terceiro maior campo do Brasil em volume de óleo in place, atrás apenas de Tupi e Búzios, também localizados no pré-sal da Bacia de Santos.