São Paulo – Os países da Europa não desejam uma segunda quarentena para conter a propagação do novo coronavírus, disse o vice-presidente da Comissão Europeia para Relações Interinstitucionais e Supervisão, Maros Sefcovic, em discurso ao Parlamento Europeu.
“Ninguém na Europa quer um segundo bloqueio. As pessoas não querem isso e as empresas também não”, disse ele, falando em nome da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, sobre as conclusões da reunião do Conselho Europeu de 15 e 16 de outubro. “É por isso que apelo aos cidadãos europeus para que se comportem de forma responsável. Proteja-se e aos outros”.
Segundo Sefcovic, todos enfrentam a mesma doença na Europa, e as precauções contra isso também devem ser as mesmas. “Mas também sabemos que ainda temos um longo caminho a percorrer. Passarão meses antes que uma vacina seja encontrada e distribuída”, disse.
“Devemos ser muito disciplinados e ajudar a todos a conter a propagação do vírus tanto quanto possível nas próximas semanas e meses. Se não o fizermos, corremos o risco não só de perder as conquistas na área da proteção da saúde. Também estamos arriscando a recuperação econômica da Europa, que lançamos com grande esforço antes das férias de verão”.
Sefcovic destacou que o Conselho Europeu adotou a proposta da Comissão sobre códigos de cores e intercâmbio de dados, o que dará maior clareza para pessoas que precisam viajar. “Também é essencial chegar a um acordo sobre regras comuns de teste e quarentena”.
Ele citou ainda o plano de vacinação da Comissão Europeia, e disse que há três contratos em vigor com empresas farmacêuticas, e mais três estão sendo finalizados. “Se conseguirem desenvolver uma vacina, as doses ficarão reservadas para os europeus”, disse. “Todos os Estados membros receberão uma futura vacina nas mesmas condições e ao mesmo tempo”, concluiu.