Nossa meta sempre foi o centro, diz Campos Neto

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Roberto Campos Neto na ACSP

São Paulo – Em evento realizado no final da manhã de hoje, na sede do Banco Central (BC), em Brasília, a diretoria e presidência abordaram o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado mais cedo, e voltaram a mostrar preocupação com a inflação, que está desancorada, e reforçaram o papel do banco em atingir o centro [da meta].

A projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 foi revista de 3,2% para 3,5%, assim como o de 2025, saltando de 2,0% para 2,1%.

O presidente, Roberto Campos Neto, em sua última fala no cargo, reafirmou que o BC só irá intervir no câmbio quando houver alguma disfuncionalidade falar sobre o câmbio não seria produtivo – , que a reserva da instituição é sólida o suficiente para isso, e o objetivo do banco é ganhar o máximo de credibilidade.

Neto, que fez questão de sublinhar que sua postura sempre foi técnica, descartou um cenário de dominância fiscal: Estamos vendo uma saída de dividendos maior. Até agora a análise é que a gente deve atuar no spot pelo fluxo que estávamos vendo, abordando os leilões de dólar à vista realizados nos últimos dias.

O diretor de política monetária e futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo, acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) está empenhado em executar uma política de juros restritiva o suficiente.

Sobre o fiscal, Galípolo disse não existir uma bala de prata, que o trabalho de melhoria deve ser contínuo e que a ideia de um ataque especulativo não representa bem, referindo-se ao cenário atual de câmbio depreciado e juros altos.

O diretor de política econômica, Diogo Guillen, observou que o cenário externo segue exigindo cautela, e que a economia brasileira dando sinais de resiliência.