São Paulo – O Grupo Notre Dame Intermédica registrou prejuízo líquido de R$ 4,9 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo lucro líquido apurado no mesmo período do ano anterior, de R$ 155,2 milhões, motivado principalmente pelo aumento da sinistralidade caixa e por um aumento das despesas financeiras, fruto dos desembolsos de fusões e aquisições (M&As, na sigla em inglês) do ano, impactando negativamente o resultado da companhia no trimestre.
Em 2021, a companhia teve prejuízo líquido de R$ 171,5 milhões, de lucro líquido de R$ 735,7 milhões em 2020.
Já o lucro líquido ajustado atingiu R$ 48,6 milhões, uma queda de 79,1% na mesma comparação.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 265,7 milhões no quarto trimestre, um recuo de 35,4% frente ao mesmo período do ano anterior.
A receita líquida da companhia, por sua vez, cresceu 16,1% de outubro a dezembro do ano passado na comparação com o mesmo período de 2020, para R$ 3,3 bilhões. Do total da receita, a maior parte vem de planos de saúde, que totalizou R$ 2,9 bilhões, alta de 13,5%, enquanto a receita com planos odontológicos somou R$ 82,9 milhões, um crescimento de 10,4%. Já a receita com serviços hospitalares foi de R$ 261,3 milhões no período, um aumento de 60,8% na base anual.
O número de beneficiários do grupo era de 7,662 milhões ao final do quarto trimestre de 2021, alta de 18,7% ante igual intervalo de 2020, sendo 4,383 milhões em planos de saúde (+17,5%) e 3,278 milhões em odontológicos (+20,4%).
A sinistralidade caixa, que reflete o custo assistencial efetivo e a sazonalidade da companhia, alcançou 76,1% ao final do quarto trimestre, alta de 4,7 ponto percentual (pp) na comparação anual.
Ao final do quarto trimestre, a dívida líquida da companhia era de R$ 1,9 bilhão, 3,8% menor que o visto no intervalo anterior, já considerando o desembolso relativo a aquisição do Hospital Santa Martha, bem como investimentos na reforma e melhoria da Rede Própria e TI.
A alavancagem (dívida líquida sobre o ebitda ajustado) era de 2,7 vezes, de 2,3 vezes no terceiro trimestre de 2021, alta de 15,8%.
No ano passado, a empresa consolidou oito novas operações, que estão atualmente em processo de integração.
Em 2022, a companhia deve concluir a combinação de negócios com a Hapvida e as aquisições HSCOR (RJ) e Centro Clínico Gaúcho (RS).
