Por Gustavo Nicoletta
São Paulo – Uma nova fase da operação Lava Jato, lançada hoje cedo, investiga três gerentes e um ex-gerente do Banco do Brasil que teriam facilitado operações de lavagem de dinheiro entre 2011 e 2014.
Segundo o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR), os investigados
teriam movimentado R$ 200 milhões em transferências bancárias que foram parcialmente convertidos em dinheiro para o pagamento de propinas por empreiteiras que praticaram corrupção contra a Petrobras.
“Gerentes vinculados a três agências do Banco do Brasil, localizadas em
São Paulo, receberam vantagens indevidas para burlar os mecanismos de
prevenção de lavagem de dinheiro da instituição”, disseram os procuradores.
“A conduta indevida dos gerentes possibilitou que contas em nome de
empresas de fachada controladas por organizações criminosas fossem abertas e operassem na instituição financeira por longo período, realizando centenas de operações de lavagem de dinheiro, inclusive depósitos e saques de valores expressivos em espécie”, acrescentaram.
As investigações apontam também que os gerentes encerraram indevidamente casos abertos pelo sistema de detecção de lavagem de dinheiro do Banco do Brasil apresentando justificativas falsas e que isso impediu a comunicação das operações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP) e um em Natal (RN). A operação foi batizada de “Alerta Mínimo”, em referência à prática dos gerentes para dissimular as operações.