São Paulo – A notícia de que a estatal Adnoc, controlada pelo governo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, prepara uma oferta de compra do controle da Braskem por até R$ 37,5 bilhões fez a ação disparar nesta sexta-feira. O papel subiu mais de 40%, foi a leilão e fechou com ganho de 26%, cotado a R$ 24,22. O Ibovespa subiu 2,91%.
Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, a operação será feita em parceria com o fundo americano Apollo e apresentada a representantes dos principais bancos credores da empresa Santander, Banco do Brasil, BNDES, Bradesco e Safra nesta sexta. Na conversa, ficou definido que a empresa exercerá o controle e, para isso, quer pagar prêmio de 135% sobre o valor das ações isso resultaria em R$ 47 por ação.
Os bancos receberiam parte da dívida de R$ 14 bilhões em dinheiro e a diferença seria convertida em dívida com a nova companhia.
O preço de R$ 47 por ação será estendido a todos os acionistas da companhia hoje, inclusive fundos de investimento com participação minoritária.
A Adnoc também deve assumir o passivo relacionado ao afundamento do solo causado pela Braskem em Alagoas, em consequência da atividade de extração de sal-gema pela empresa em uma mina que está desativada.
NOVONOR NEGA
A Braskem, em fato relevante, disse que em função de notícia veiculada na mídia a respeito de eventual proposta para compra do controle da Braskem e dada a oscilação atípica das ações de emissão da Companhia nesta data, solicitou esclarecimentos a Novonor a respeito de tal notícia, que informou o seguinte:
“Em resposta a vossa solicitação, a Novonor informa que, desde nossas últimas manifestações e até o presente momento, não recebeu qualquer proposta de potenciais interessados que implique em evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo junto aos cinco Bancos detentores da alienação Fiduciária de sua participação indireta na Braskem S.A. Permanecemos à disposição de V.Sas. para eventuais esclarecimentos adicionais.”
