São Paulo, SP – A Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI), realizada pelo departamento de Economia e Estatística da entidade junto às incorporadoras associadas, apurou a comercialização de 9.475 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo em setembro, 27,7% acima das 7.417 unidades vendidas no mesmo período do ano passado e queda de 2,8% em relação a agosto deste ano, que alcançou 9.744 unidades. No acumulado de 12 meses (outubro de 2023 a setembro de 2024), foram comercializadas 94,6 mil unidades, alta de 27% na comparação anual.
O VGV (Valor Global de Vendas) totalizou R$ 4,9 bilhões no nono mês do ano e R$ 50,7 bilhões no acumulado de 12 meses valores deflacionados pelo INCC-DI (Indice Nacional de Custo de Construção), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), com referência de setembro de 2024. O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, atingiu 14,7% no mês e 60,8% em 12 meses.
De acordo com a pesquisa do Secovi-SP, foram lançadas em setembro 11.449 unidades residenciais na capital paulista. No acumulado de 12 meses, os lançamentos somaram 95,0 mil unidades.
O mercado imobiliário da cidade de São Paulo encerrou setembro com a oferta de 55,1 mil unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (outubro de 2021 a setembro de 2024).
Em setembro, o VGO (Valor Global da Oferta) totalizou R$ 38,5 bilhões valores deflacionados pelo INCC-DI (Indice Nacional de Custo de Construção), da FGV (Fundação Getúlio Vargas) referente a setembro de 2024.
Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se em quase todos os indicadores: 66% das unidades lançadas (7.606 unidades), 58% das vendas (5.529 unidades), 65% da oferta (35.594 unidades), 39% do VGV (R$ 1.911,0 milhão) e 37% do VGO (R$ 14,25 bilhões). O maior VSO (19,9%) foi dos imóveis com 1 dormitório.
Imóveis na faixa de 30 m2 e 45 m2 de área útil lideraram em quase todos os indicadores: 65% dos lançamentos (7.404 unidades), 56% das vendas (5.261 unidades), 55% da oferta (30.101 unidades), 31% do VGV (R$ 1.548,0 milhão) e 24% do VGO (R$ 9,2 bilhões). O maior VSO (20,2%) foi registrado em imóveis na faixa com menos de 30 m2 de área.
Os imóveis com valores até R$ 264 mil representaram 41% dos lançamentos (4.716 unidades), 33% das vendas (3.114 unidades) e 30% da oferta (16.791 unidades). O maior VSO (17,7%) ficou com os imóveis na faixa entre R$ 264 mil e R$ 350 mil. Imóveis acima de R$ 2,1 milhões tiveram o maior VGV, com 24% (R$ 1.200,4 milhão), e o maior VGO, com participação de 38% (R$ 14,4 bilhões).
A partir de julho de 2023, foi atualizada a faixa de preços dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), alterando o limite de R$ 264 mil para R$ 350 mil na cidade de São Paulo. Para segmentar os imóveis econômicos, o Secovi-SP elegeu as faixas de preço enquadradas nos parâmetros do programa.
Em setembro, 68% dos lançamentos (7.759 unidades) e 57% das vendas (5.363 unidades) foram enquadradas como econômicas (MCMV). A oferta disponível para a venda deste tipo de imóvel somou 27.739 unidades (50%), com VSO de 16,2%. Os outros mercados registraram 3.690 unidades lançadas, 4.112 unidades vendidas, oferta final de
27.369 unidades e VSO de 13,1%.
A Zona Sul foi destaque na maioria dos indicadores: 35% (3.334 unidades) das vendas, 31% (16.977 unidades) da oferta final, 47% (R$ 2.311,0 milhões) de VGV, maior VSO (16,4%) e maior VGO, com 39% (R$ 14,8 bilhões). A Zona Leste registrou o maior volume de lançamentos, com participação de 39% (4.428 unidades).