São Paulo – A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve inalteradas as previsões para o crescimento da economia brasileira em 2020 e em 2021 em 1,7% e em 1,8%, respectivamente, embora tenha reduzido as projeções para a expansão da economia mundial e de vários outros países em função dos impactos do coronavírus.
Em um relatório, a Organização afirmou que muitas economias emergentes devem passar por uma recuperação “gradual, ainda que modesta”, neste ano e no próximo, mas disse ter dúvidas sobre a extensão deste movimento. “Uma virada para cima exigirá um impacto positivo de reformas e suporte da política monetária na Índia e o Brasil”, disse o órgão no documento.
A OCDE disse também que tanto o Brasil quanto outras economias emergentes que possuem câmbio flutuante e uma dívida externa gerenciável – como a Índia e o México – “têm escopo para afrouxar a política monetária desde que a inflação diminua, usando esta oportunidade para adotar medidas fiscais e estruturais que melhorem a confiança dos investidores.”
O órgão, porém, repetiu que o Brasil precisa de uma política fiscal mais restritiva e que o esforço para o ajuste nas contas públicas deve ser feito ao mesmo tempo em que se preservam programas sociais de transferência de renda e de apoio aos investimentos públicos e privados.