OMS alerta que ameaça de coronavírus permanece na Europa

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São Paulo – A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a ameaça representada pelo novo coronavírus permanece na Europa, mesmo com a queda nos números de novos casos, hospitalizações e mortes na região.

“Aqui na região europeia, já se passaram 462 dias desde que os primeiros casos de covid-19 foram notificados. Com base no número de casos confirmados, 5,5% de toda a população europeia já teve covid-19, enquanto 7% completou uma série inteira de vacinação”, disse o diretor regional da OMS para a Europa, dr. Hans Kluge.

“Mas mesmo com o declínio de novos casos, hospitalizações e mortes, a ameaça continua presente. O vírus ainda carrega o potencial de causar efeitos devastadores”, afirmou ele, citando que quase metade de todas as infecções por covid-19 na região desde janeiro de 2020 foram notificadas à OMS durante os primeiros quatro meses deste ano.

“Pela primeira vez em dois meses, os novos casos caíram significativamente na semana passada. No entanto, as taxas de infecção em toda a região permanecem extremamente altas”, de acordo com Kluge.

Segundo ele, na maioria dos países, as medidas de saúde pública continuam sendo fatores dominantes na definição do curso da pandemia, e mesmo de forma lenta os governos nacionais estão protegendo os que correm maior risco por meio da vacinação.

Kluge afirmou que cerca de 215 milhões de doses da vacina foram administradas na região, e aproximadamente 16% da população europeia recebeu a primeira dose da vacina e 81% dos profissionais de saúde em 28 países da região receberam a primeira dose”.

“Onde as taxas de vacinação em grupos de alto risco são mais altas, as admissões em hospitais estão diminuindo e as taxas de mortalidade estão caindo. As vacinas estão salvando vidas e irão mudar o curso desta pandemia e, eventualmente, ajudar a acabar com ela”, disse ele.

“Também precisamos estar cientes do fato de que as vacinas por si só não vão acabar com a pandemia. Sem informar e envolver as comunidades, eles permanecem expostos ao vírus. Sem vigilância, não podemos identificar novas variantes. E, sem rastreamento de contato, os governos podem precisar reimpor medidas restritivas”, concluiu.