OMS mantém nível de pandemia para Covid-19

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma nota hoje (30), informando que vai manter a Covid em nível de pandemia. Embora, segundo a organização, o mundo esteja em uma condição bem melhor do que durante o pico de transmissão da variante Ômicron, em 2022, foram registradas mais de 170 mil mortes nas últimas oito semanas.

A OMS recomenda também o monitoramento das viagens internacionais e avaliar os riscos de acordo com a situação presente. Além disso, aconselha não exigir comprovante de vacinação contra a doença como pré-requisito para viagens internacionais.

Outro problema relatado pela organização foi a dificuldade de se obter números atuais de casos e mortes nos países, o que atrapalha no mapeamento da doença. “O Secretariado da OMS expressou preocupação com a evolução contínua na circulação descontrolada de Sars-CoV-2 e a diminuição substancial na notificação de dados dos Estados Membros relacionados à morbidade, mortalidade, hospitalização e sequenciamento da Covid-19, e reiterou a importância de compartilhamento oportuno de dados para orientar a resposta pandêmica em andamento”, afirma a nota da entidade.

Por conta disso, a OMS reitera o pedido para que os países se mantenham vigilantes em relação à doença, com medidas de saúde pública de acordo com o nível de transmissão da doença, bem como manter as campanhas de vacinação. “A fadiga pandêmica e a redução da percepção pública de risco levaram a uma redução drástica no uso de medidas sociais e de saúde pública, como máscaras e distanciamento social. A hesitação em vacinar e a disseminação contínua de desinformação continuam a ser obstáculos extras para a implementação de intervenções cruciais de saúde pública”.

A OMS reconhece que a linhagem da Ômicron é altamente transmissível, mas sem sintomas graves o que não significa que se deve baixar a guarda. “O vírus mantém a capacidade de evoluir para novas variantes com características imprevisíveis”.

O comitê responsável pelo monitoramento da Covid acredita que a doença esteja se aproximando do ponto de inflexão, mas que a vacinação deve continuar. “Como tal, uma ação de saúde pública de longo prazo é extremamente necessária. Embora a eliminação desse vírus de reservatórios humanos e animais seja altamente improvável, a mitigação de seu impacto devastador na morbidade e mortalidade é alcançável e deve continuar a ser uma meta prioritária”.