São Paulo- A carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve ficar perto da estabilidade, com leve queda de 0,2% em setembro, totalizando 69.160 megawatts (MW) médios, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo previsão semanal do Operador Nacional do Sistema (ONS) para a semana de 4 a 10 de setembro, representando recuo em relação à previsão da semana operativa anterior, que estimava alta de 0,9% para o mês.
A projeção considera a redução de consumo de eletricidade em virtude da nova bandeira tarifária, mesmo com a progressiva melhora do setor de comércio e serviços e a manutenção da produção industrial em patamares elevados.
Dos quatro subsistemas, o Nordeste deve ter a maior expansão, de 3,2%, com 11.367 MW médios, seguido pelo Norte com elevação de 3,1% e 6.189 MW médios. As cargas do Sudeste/Centro-Oeste e Sul ficam negativas em 1,6% e 0,1%, respectivamente, chegando a 40.143 MW médios e 11.461 MW médios.
No período, a previsão de vazões para o país no próximo mês seguem abaixo da média de longo termo. As chuvas sobre os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste deverão ficar em 54% da média de longo termo (MLT), enquanto no Sul, a projeção para as chuvas ficou em 30% da média, na região Norte a expectativa é alcançar 81% da MLT e no Nordeste as afluências devem alcançar a média de 47%.
A estimativa do ONS é que os reservatórios das hidrelétricas no Sudeste/Centro-Oeste, que concentram a maior capacidade de armazenamento no país, terminem o mês de setembro com nível de 15,2%, enquanto o Sul tem nível previsto em 22,6%. Os reservatórios do Norte devem fechar o período com 62,5% da capacidade e o Nordeste com estimativa de 40,1%.
Para a próxima semana, o Custo Marginal de Operação (CMO) passa a ser R$1.261,35 por MWh nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, registrando uma elevação de 22,77% em comparação aos R$ 1.027,43 por MWh registrados na semana passada. Na direção contrária, o subsistema Nordeste, apresenta uma leve queda de 2,74% em comparação aos R$ 996,06 por MWh da semana passada e chegando a R$968,77 por MWh.
Além disso, o ONS afirmou que para a semana de 4 a 10 de setembro foi autorizada a importação de energia do Uruguai, por meio das conversoras Rivera e Melo, mas não houve oferta de energia da Argentina, através das conversoras Garibaldi I e II.
